O Sequestro do Voo 375 (2023). Dir: Marcus Baldini. Star+. Boa produção brasileira que relata a história real do sequestro do voo 375 da VASP em setembro de 1988. O voo estava chegando ao destino, no Rio de Janeiro, quando um homem armado invadiu a cabine e exigiu que o avião fosse para Brasília. O sequestrador era Raimundo ‘Nonato’ Alves da Conceição (interpretado por Jorge Paz), um maranhense desempregado que queria se vingar do presidente José Sarney pelas más condições do país. Seu plano era jogar o avião no Palácio do Planalto.
A produção tem boa reconstituição de época, mostrando carros, roupas e equipamentos dos anos 1980. Leva um tempo para a gente se acostumar a um mundo sem celulares, sem chek-ins com códigos de barras e coisas comuns hoje. Em um mundo analógico, o sequestrador liga para a mãe de um "orelhão", usando fichas, antes de embarcar no avião. O piloto, Fernando Murilo, é interpretado muito bem por Danilo Grangheia. Ex-piloto da Esquadrilha da Fumaça, Murilo teria usado manobras arriscadas para tentar desequilibrar o sequestrador durante o voo.
Os efeitos especiais não são espetaculares, mas passam muito bem o recado. As cenas em que o piloto faz as manobras arriscadas é muito bem feita. O roteiro, de Lusa Silvestre e Mikael de Albuquerque, nos localiza na época e cria suspense. Um letreiro ao final do filme diz que Osama Bin Laden teria se inspirado no sequestro brasileiro para planejar o ataque às Torres Gêmeas de Nova York. Disponível na Star+.
Nenhum comentário:
Postar um comentário