Poder sem limites (Chronicle, 2012). Dir: Josh Trank. Netflix. Já havia ouvido falar nesta ficção-científica mas nunca havia tido a oportunidade de vê-la, até agora. "Chronicle" foi o filme de estreia de Josh Trank, na época com 26 anos. Um tempo depois ele teria a reputação destruída por sua direção de "Quarteto Fantástico" (2015), mas essa é outra história.
"Poder sem limites" foi feito com um orçamento bem inferior ao que se gasta em um filme da Marvel (uns 200 milhões de dólares), por "apenas" 15 milhões. É daqueles filmes feitos com "found footage" (imagens encontradas), ou seja, o que você vê na tela é porque algum personagem está filmando. Andrew (Dane DeHaan, de "O Espetacular Homem-Aranha 2") é um jovem tímido que sofre bullying na escola. Um dia ele resolve que vai carregar uma câmera por aí para registrar tudo, o que nem sempre faz sentido mas, assim, o filme é sobre o ponto de vista da câmera dele. Ao ir a uma festa da escola, Andrew, o primo Matt (Alex Russell) e um amigo, Steve (um jovem Michael B. Jordan), encontram um buraco estranho no meio da floresta. Eles descem no buraco e encontram "alguma coisa" lá.
Acontece que, dali para frente, eles descobrem que têm "poderes". A princípio, conseguem mover pequenas coisas com a mente. Conforme vão treinando os poderes, eles ficam mais fortes e, claro, mais perigosos. No começo, no entanto, é tudo diversão; eles usam os poderes para levantar as saias das garotas, fazer shows de mágica e, mais para frente, descobrem que podem até voar. Os efeitos especiais são razoáveis, mas passam o recado. O filme fica mais sério e dramático mais para o final. O grande Michael Kelly (Doug Stamper em "House of Cards") interpreta o pai alcoólatra de Andrew, que resolve usar seus poderes para o "mal". É um filme interessante, embora por vezes pareça meio amador. Lembra um pouco aquela série "Heroes", em que adolescentes descobriam superpoderes. Tá na Netflix.
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