Desaparecida (Missing, 2023). Dir: Nicholas D. Johnson e Will Merrick. HBO Max. Não dá para dizer que é uma continuação de "Buscando" (2018), mas é passado "no mesmo Universo", digamos assim, rs. "Desaparecida" é um bom filme de suspense passado o tempo todo do ponto de vista das redes sociais e computadores. Ou seja, não há câmeras e planos tradicionais do cinema... todas as imagens na tela existem a partir de webcams, câmeras de segurança, janelas de aplicativos, celulares, etc. Às vezes o conceito é forçado um pouco (há um plano do ponto de vista de uma câmera de ré de um carro, por exemplo... outro de um smart watch), mas está valendo.
A trama gira ao redor do desaparecimento de uma mulher chamada Grace Allen (Nia Long). Ela foi viajar com o novo namorado, Kevin (Ken Leung) para a Colômbia e simplesmente sumiu. O filme se passa a partir do ponto de vista da filha de Grace, June (Storm Reid), uma adolescente típica que aproveita a viagem da mãe para dar uma festa na casa. Quando a mãe não volta, no entanto, ela usa de todas as ferramentas possíveis da internet para encontrá-la. O interessante é que tudo parece plausível. Coisas comuns da vida online como tentar recuperar uma senha ou bancar o detetive para decifrar algumas mensagens é algo que quase todo mundo já fez. O grande ator português Joaquim de Almeida aparece no filme como um colombiano que June contrata para procurar pela mãe (ela tem que baixar o Whatsapp, aplicativo pouco usado nos EUA, para se comunicar com ele).
É de se imaginar que a Apple e o Google, de alguma forma, patrocinaram o filme, porque a garota é vista usando os produtos deles o tempo todo (mas, de novo, tudo soa real e orgânico). Achei que "Desaparecida" ia acabar se tornando repetitivo, mas é boa diversão. Disponível na HBO Max.
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