Kill Boksoon (2023). Dir: Sung-hyun Byun. Netflix. Há um bom filme de 90 minutos dentro deste loooongo filme de ação coreano de 137 minutos. Estrelado por Jeon Do-yeon (de "The Housemaid") como uma assassina profissional, "Kill Boksoon" é muito bem feito, bem interpretado e tem um roteiro que seria ótimo com, no mínimo, 30 minutos a menos (mas eu tenho achado isso da maioria dos filmes ultimamente, então talvez o problema seja eu?).
Gil Boksoon (Jeon Do-yeon) é uma assassina de elite de uma "empresa" coreana chamada MK. Veterana, ela está no fim do seu contrato e pensando em parar. O motivo seria a filha adolescente, Gil Jae Yeong, que está em uma fase difícil. Como uma jogadora de xadrez, Boksoon tem a habilidade de ver vários movimentos à frente quando enfrenta um adversário. Assim, diversas vezes a vemos sendo morta por alguém... aí a cena volta para o início e ela tenta uma manobra diferente. O mesmo acontece quando ela tem que lidar com a filha (para ver como ela tem dificuldades em ser mãe, já que encara a filha da mesma forma como seus alvos). Já vimos antes no cinema histórias de assassinos que têm que manter uma fachada quando em suas vidas "normais", e aqui não é diferente.
As boas cenas de ação e luta corpo a corpo são bem poucas quando comparadas a intermináveis cenas em que se discute de tudo; há cenas intermináveis em um bar em que assassinos de "classes" diferentes conversam. Há cenas intermináveis em "reuniões de diretoria" das empresas de assassinos. Há cenas intermináveis em que os irmãos (homem e mulher, que mais parecem amantes) donos da MK tentam decidir o que fazer com Boksoon, que nunca segue as regras. Em meio a tudo isso, como disse, há um bom filme de ação e um bom filme da relação entre uma mãe e sua filha (assunto de vários filmes ultimamente, como o também interminável "Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo"). Tá na Netflix.
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