O Fio Invisível (Distancia de rescate, 2021). Dir: Claudia Llosa. Netflix. Suspense psicológico que estaria mais à vontade em um festival do que perdido nas telas da Netflix, "O Fio Invisível" fascina mas deixa a desejar. Bem feminino, mostra a ligação das mães com seus filhos, misturando delírios, feitiçaria e, estranhamente, um final bastante ligado à realidade.Amanda (María Valverde) vai para uma casa no interior chileno para passar o verão e esperar pelo marido. Ela tem uma filha pequena, Nina (Guillermina Sorribes Liotta) à qual é muito ligada. Ela então conhece uma mulher chamada Carola (a argentina Dolores Fonzi), uma vizinha sexy com quem começa uma amizade. Só que Carola tem um filho "estranho" chamado Davi (Marcelo Michinaux), de quem ela claramente tem medo.
A trama é contada de forma fragmentada, através de um diálogo interno entre Amanda e Davi. Amanda está claramente doente (morrendo?) e é vista sendo arrastada por uma floresta. O garoto Davi pede que ela se lembre de todos os detalhes desde que conheceu Carola, para que ela (e o espectador) possa entender o que a levou até onde está agora. Confuso? Sim. "Artístico"? Bastante. Vale a pena? O filme é bem bonito, com bela fotografia de Oscar Faura e trilha sonora de Natalie Holt. Como disse, parece mais um "filme de festival" do que um lançamento da Netflix. É cheio de suspense e nem tudo é feito para ser entendido. Há uma explicação final que me pareceu simplória (tudo isso para isso?). É melhor do que ver "Na sua casa ou na minha" (este sim, um Netflix Movie típico)? Com certeza. Tá na Netflix.
Nenhum comentário:
Postar um comentário