O Amante de Lady Chatterley (Lady Chattlerley´s Lover, 2022). Dir: Laure de Clermont-Tonnerre. Netflix. Connie Chatterley (Emma Corrin) recebe o marido de volta após ter sido ferido na I Guerra Mundial. Ele tem que se locomover em uma cadeira de rodas e, na cama, diz não poder fazer mais nada com ela. Ainda assim, Connie está sempre presente, colocando-o na banheira ou o empurrando em estradas enlameadas. Um dia, o marido resolve dizer à mulher que ela deve "providenciar um herdeiro"; ele só quer que ela seja discreta, não se envolva e não lhe diga o nome do pai. Não só é um convite à infidelidade mas, após tudo que ela havia passado para ajudá-lo, ele a via como uma simples parideira. É a partir daqui que, lentamente, entra em cena o "amante" do título, Oliver Mellors (Jack O'Connell), um empregado da propriedade dos Chatterleys.
Baseado no livro de D.H. Lawrence, essa história já foi adaptada em vários filmes, peças e séries de TV. Esta versão da Netflix ganhou destaque por causa de algumas cenas de sexo consideradas "quentes". A censura é 18 anos e, a princípio, achei a reação exagerada. Há, de fato, algumas cenas mais quentes do que o usual (no nível de algumas séries da HBO) e bastante nudez. A cena mais longa de nudez, porém, acontece em um momento inocente em que o casal é visto correndo pelados na chuva (mas talvez não seja um filme para se assistir com a família).
Polêmicas à parte, é um bom filme. Emma Corrin (que fez a Princesa Diana em "The Crown") está muito bem aqui, uma mulher que não é apenas uma garota deslumbrada com sexo, mas alguém que se sacrificou pelo marido, foi colocada de lado e encontrou amor em outro lugar. Jack O´Connell também está bem (ele me lembra uma mistura de Jamie Dornan com o finado Anton Yelchin). A direção feminina é delicada e o filme tem bela fotografia de Benoît Delhomme e trilha de Isabella Summers. Tá na Netflix.
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