Um lugar bem longe daqui (Where the Crawdads Sing, 2022). Dir: Olivia Newman. HBO Max. Típico "filme de Supercine", rs, "Um lugar bem longe daqui" é baseado em um bestseller de Delia Owens. Kya Clark (Daisy Edgar-Jones) é uma garota que mora em uma cabana no pântano, na Carolina do Norte. Ela é chamada de "Menina do Brejo" pelos habitantes da cidade vizinha, que sempre a trataram mal. Garotos de bicicleta descobrem o corpo de um rapaz no brejo e, claro, a garota é acusada de matá-lo. Nem fica muito claro se houve um crime ou se o rapaz simplesmente sofreu um acidente, mas a garota é presa e a trama se torna um filme de tribunal.
Longos flashbacks mostram como Kya, quando criança, sofreu nas mãos de um pai abusivo. A mãe, as irmãs e o irmão vão embora, um a um (sem nem se preocupar com a irmã mais nova?) e a criança, sozinha, aprende a se manter vendendo mariscos, que caça todas as manhãs. Quando adulta, Kya é interpretada pela inglesa Daisy Edgar-Jones, que mais parece uma boneca de porcelana do que com uma mulher que passou a vida inteira trabalhando sob o Sol. Com a ajuda de um rapaz, Tate (Taylor John Smith), ela não só aprende a ler e a escrever como consegue, nos anos 1960, publicar um livro sobre os animais e plantas da região (com ilustrações em aquarela e nome em latim e tudo). Detalhe: ela faz isso tudo por correspondência (home office?), sem nunca encontrar os editores. De uma cabana. No pântano.
Ah, sim, o filme de tribunal. O grande David Strathairn se oferece para ser o advogado na moça, mas o caso era tão sem fundamento, desde o início, que fica difícil se importar muito com o resultado. Uma das produtoras é a atriz Reese Whiterspoon, que comprou os direitos do livro (que vendeu 12 milhões de cópias). A adaptação para o roteiro foi escrita por Lucy Alibar, que escreveu outro livro sobre uma garota crescendo no brejo, "Indomável Sonhadora" (2012). Para passar o tempo. Disponível na HBO Max.
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