O Enfermeiro da Noite (The Good Nurse, 2022). Dir: Tobias Lindholm. Netflix. Baseado em uma história real, este é um bom filme de suspense. É também bastante... comedido. Digo, havia diversas oportunidades na trama para transformá-lo em algo sensacionalista, mas não é este tipo de filme.
Jessica Chastain é Amy, uma mãe solteira que trabalha como enfermeira no período noturno em um hospital particular. Ela é atenciosa com os pacientes, que trata pelo primeiro nome, mas ela própria tem um problema no coração que precisa de atenção médica urgente; ironicamente, ela só vai ter direito a um plano de saúde depois de trabalhar um ano no hospital. É então que chega Charlie (Eddie Redmayne), enfermeiro recém contratado para ajudar Amy; ele é calmo, compreensivo e rapidamente conquista a amizade dela, ajudando-a não só no hospital como em sua vida particular, com as filhas dela.
Só que Charlie não é o que parece. Pacientes começam a morrer inexplicavelmente. A polícia se envolve no caso mas enfrenta resistência do próprio hospital, que tem medo de processos. O detetive interpretado por Noah Emmerich tenta mostrar a Amy que Charlie pode ser responsável pelas mortes; ele havia trabalhado em pelo menos nove hospitais, que simplesmente o demitiram e passaram o problema para o próximo empregador. Parece algo kafkaniano, mas realmente aconteceu. Como disse, o filme poderia partir para cenas de ação, ameaças às filhas de Amy ou coisas do tipo, mas prefere ser comedido e até frio a respeito. O terror fica implícito na ideia de que alguém contratado para cuidar de você, indefeso no hospital, pode ser o responsável pela sua morte. Tá na Netflix.
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