Enola Holmes 2 (2022). Dir: Harry Bradbeer. Netflix. Millie Bobby Brown está de volta como a irmã mais nova de Sherlock Holmes (Henry Cavill). É mais do mesmo e eu quase parei de assistir na primeira meia hora. O filme melhora mais para o final (só que, aí, não sabe a hora de terminar, hehe).
O diretor Harry Bradbeer fez a excelente série "Fleabag", com Phoebe Waller-Bridge, e usa alguns dos mesmos truques aqui. Enola frequentemente olha direto para a câmera e fala com o espectador, o que era interessante no primeiro filme mas, aqui, já ficou cansativo. Millie Bobby Brown é ótima e já é uma mulher de 18 anos (o que já ficou aparente há tempos em Stranger Things). Henry Cavill faz, talvez, o Sherlock Holmes mais fortão e com cara de modelo do cinema. Cavill e Brown têm boa "química" e o filme é melhor quando os dois estão em cena.
A trama é confusa e envolve o desaparecimento de uma garota que trabalhava em uma fábrica de fósforos, em Londres. Enola é contratada pela irmã para encontrá-la e, coincidência, o caso dela coincide com uma investigação que Sherlock Holmes está fazendo. Assim com o primeiro, é bastante um "filme de menina", com Bobby Brown interpretando uma adolescente inteligente, geniosa e independente, sim, mas que ainda morre de amores pelo rapaz que conheceu no primeiro filme (Louis Partridge). Há cenas de ação e luta que lembram as versões de Holmes dirigidas por Guy Ritchie, com Robert Downey Jr. Helena Bonham Carter reprisa o papel da mãe dos irmãos Holmes (Sam Claflin, que fazia Mycrof Holmes, não retorna para esta aventura). O elenco é bastante inclusivo, seguindo tendência atual de colocar atores de raças e gêneros diferentes em diversos papéis, o que é interessante.
Enfim, "Enola Holmes 2" está longe de ser necessário, mas é diversão passageira e, sem dúvida, prólogo para outras aventuras que virão por aí. Tá na Netflix.
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