O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder (The Lord of the Rings: The Rings of Power, 2022). Amazon Prime Video. Já havia comentado sobre esta série no Facebook, elogiando o belo visual e a escala gigante do projeto. Isso ainda é verdade mas, confesso, não foi fácil chegar ao final dos longos oito episódios desta primeira temporada. "Os Anéis do Poder" é supostamente a série de TV mais cara de todos os tempos, com um orçamento próximo de 1 bilhão de dólares. Ela foi claramente pensada para ser o "novo Game of Thrones", série da HBO que foi um sucesso gigantesco até um final atrapalhado que deixou os fãs chateados. Curioso que a mesma HBO tenha lançado, praticamente ao mesmo tempo, uma série derivada de "Game of Thrones", "A Casa do Dragão", que é mais popular que a série dos "Anéis" da Amazon.
Afinal, "Os Anéis do Poder" é boa ou ruim? Diria que não é nem uma coisa nem outra; o que é uma pena. Minha experiência, ao ver a série, foi um misto de admiração pela bela direção de arte, os figurinos, a fotografia cinematográfica e o "jeitão" de cinema. Por outro lado, confesso que nunca consegui chegar ao final de um episódio começado tarde da noite... eu dormia mesmo, rs. Terminados os 8 episódios, não consigo me lembrar de nada que tenha realmente me marcado, ou de algum personagem que me despertou muita curiosidade. Os vários "núcleos" de personagens não são muito bem amarrados. Meu favorito, talvez, seja o "núcleo" dos anões em Khazad-dûm, e a relação entre Durin (Owain Arthur) e Elrond (Robert Aramayo).
Já a Galadriel interpretada por Morfydd Clark está longe da nobreza de Cate Blanchett, que interpretou a mesma personagem nos filmes de Peter Jackson. Clark é bonita, mas a personagem é muito mal escrita; para uma elfa com séculos de vida, Galadriel se comporta como uma criança sem paciência em diversos momentos da trama. Ela está em pé de guerra com todos à sua volta, o tempo todo, e o roteiro frequentemente derrapa (ou enrola) quando tem que lidar com ela. Há um núcleo "Hobbit" (sim, sei que não são hobbits) que é mais interessante. Gostei da personagem de Nori (Markella Kavenagh), uma "pé-peludo" que encontra um personagem misterioso na forma de um gigante que (literalmente) caiu dos céus (interpretado por Daniel Weyman).
Talvez a série fosse melhor se não se levasse tão a sério; tudo é muito lento e "pomposo". Diversos episódios têm mais de uma hora de duração. Os personagens não têm diálogos uns com os outros, mas sim longos discursos acompanhados por uma música melosa. Cansa. A Amazon já está produzindo a segunda temporada e li que os criadores planejam fazer cinco temporadas no total. Vamos ver se eles (e o público) têm fôlego para isso. Disponível na Amazon Prime Video.
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