Apollo 11 (2019). Dir: Todd Douglas Miller. Netflix. Não sei se este documentário chegou agora na Netflix, mas eu o achei meio sem querer e é muito, muito bom. Feito em 2019 para comemorar os 50 anos do pouso da Apollo 11 na Lua, o documentário apresenta imagens restauradas da época com qualidade belíssima, misturando formatos como 35mm, 16mm, imagens de TV e até imagens inéditas filmadas em 70mm. Há um realismo impressionante nas imagens e a edição (que ganhou um Emmy) te transporta para o final dos anos 1960, intercalando imagens do centro de controle da NASA com belas cenas de milhares de pessoas aguardando o lançamento em praias e varandas da Flórida.
Outra coisa que ajuda no realismo é o fato de que não há uma narração atual ou entrevistas feitas depois do evento; a não ser por alguns gráficos (simples) que explicam as várias etapas da missão, tudo o que se vê e escuta na tela são da época. Os produtores tiveram que escolher entre milhares de horas de imagens e gravações de áudio para recriar os eventos de julho de 1969. A única coisa de "fora" é a boa trilha sonora eletrônica que acompanha as imagens, composta por Matt Morton.
O resultado é um belo filme com enxutos 93 minutos que sabe que não precisa inventar muito para impressionar o espectador; imagens e sons da época falam por si. Do impressionante transporte do colossal foguete Saturno V à base de lançamento até a beleza da manobra de acoplamento do módulo lunar com o de comando na volta da Lua, "Apollo 11" mostra o gigantesco feito técnico que levou três seres humanos de um pântano da Flórida até a superfície lunar. É também um filme bastante analógico, o que reflete a tecnologia da época; é impressionante ver aquelas centenas de técnicos lidando com réguas de cálculo e planilhas em papel enquanto, a 300 mil quilômetros de distância e a 40 mil km/h, três astronautas sobreviviam dentro de uma pequena nave de lata. Muito bom. Tá na Netflix.
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