Love, Death and Robots, 3ª Temporada (2022). Netflix. Volta a série animada criada por Tim Miller, com produção executiva de David Fincher. Tive a impressão de que esta temporada veio ainda mais violenta e perturbadora. São nove episódios, com várias técnicas de animação. Há ao menos uma obra prima e vários episódios bons; por vezes, fica aquele gosto de algo inacabado, como se não fossem curtas-metragens com começo, meio e fim, mas como se pegássemos uma história no meio e saíssemos antes do final.
1 - Os três robôs. Direção de Patrick Osborne, é uma espécie de continuação de um episódio da primeira temporada, creio, em que três robôs falam sobre os antigos mestres do planeta, os seres humanos. Engraçado, mas bobinho.
2 - Viagem Ruim. Direção de David Fincher, é meu segundo favorito desta temporada. Um grupo de marinheiros luta contra uma espécie de caranguejo gigante e carnívoro que quer ser levado a uma ilha povoada. Lento e bem dirigido por Fincher, é também um dos mais violentos.
3 - O mesmo pulso da máquina. Diração de Emily Dean, tem um visual incrível e é passado em Io, um dos satélites de Júpiter. Uma astronauta (voz de Mackenzie Davis) tenta sobreviver a um acidente enquanto arrasta o corpo de uma companheira por quilômetros. Os mesmos remédios que a mantém viva iniciam uma série de alucinações psicodélicas. Bem interessante.
4 - Noite dos minimortos. Direção de Robert Bisi & Andy Lyon. É o episódio mais engraçado; tecnicamente é muito interessante. Um apocalipse zumbi visto em miniatura, com situações clichês deste tipo de filme visto como se estivesse acontecendo em um minimundo.
5 - Matança em grupo. Direção de Jennifer Yuh Nelson. Falando em clichês, este tem todos os clichês do filme militar, em que um grupo de soldados machões enfrentam uma arma secreta da CIA. Muito sangue, vísceras e frases de efeito.
6 - Enxame. Direção de Tim Miller. Computação gráfica fotorrealista mostra dois seres humanos em uma espécie de colônia de cupins espacial. Para quem tem problemas com insetos pode ser um tanto nojento.
7 - Ratos de Mason. Direção de Carlos Stevens. Animação cartunesca sobre a luta de um fazendeiro contra os ratos que invadiram seu celeiro. Há um bocado de pedaços de rato voando pela tela.
8 - Sepultados na caverna. Direção de Jerome Chen. Outro curta militar; um grupo de soldados entra em uma caverna em busca de um refém e encontram uma série de coisas estranhas, que vão se tornando cada vez mais sombrias. Pesadão.
9 - Fazendeiro. Direção de Alberto Mielgo. É o melhor de todos, de longe. O visual é impressionante, confesso que fiquei em dúvida se era computação gráfica ou uma técnica mista com imagens reais. Um grupo de conquistadores espanhóis, nas Américas, enfrentam uma espécie de sereia do lago, coberta de escamas de ouro. Simplesmente maravilhoso, tanto no visual quanto no roteiro, uma alegoria à invasão europeia na América. O curta foi feito por uma produtora espanhola que já havia feito outro episódio impressionante chamado "A Testemunha", em uma das temporadas anteriores. Este vale pela terceira temporada toda. Tá na Netflix.
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