Luca (2021). Dir: Enrico Casarosa. Disney+. Ok, eu estava errado. Resolvi rever "Luca", da Pixar, despreocupadamente e o achei bem melhor do que da primeira vez. Como disse no outro texto, o nome "Pixar" levanta muitas expectativas, o que me fez achá-lo simples demais, feito só para crianças. Não é bem assim. Retiradas as expectativas, "Luca" é simples, sim, mas de forma singela; os personagens poderiam ter mais profundidade (sem trocadilhos), mas há uma leveza e inocência que eu não senti na primeira exibição.
Ao contrário da maioria dos roteiros da Pixar, que são sempre muito bem construídos (situação "A" leva a situação "B" que se resolve lá para o final, etc) em "Luca" as situações parecem que simplesmente vão acontecendo. Há uma questão de pai ausente que não se explica ou parece sem resolução, mas na verdade o garoto Alberto acaba ganhando um pai adotivo no pai da garota Giulia. Ainda acho que o vilão Ercole merecia uma história de fundo para explicar suas motivações, mas ele é simplesmente uma figura patética de um rapaz que já não é mais criança e age como um garoto mimado.
Por fim, tecnicamente o filme é muito bonito, a animação em computação gráfica chegou a um nível em que parece realmente desenhada e pintada à mão, os garotos têm um visual "cartunesco" que é interessante e aquela vila de pescadores é simplesmente linda. "Luca" está indicado ao Oscar de Melhor Animação, mas tudo indica que vá perder para o (muito) inferior "Encanto". Disponível na Disney+.
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