Kimi: Alguém está escutando (Kimi, 2022). Dir: Steven Soderbergh. HBO Max. Zoë Kravitz é Angela, uma mulher que trabalha como técnica de uma empresa estilo Amazon, que tem um aparelho chamado "Kimi". O aparelho, como uma Alexa, obedece comandos verbais dos usuários; só que, de vez em quando, a máquina não entende o comando e um ser humano (como Angela) tem que intervir, escutando a gravação e modificando o código da programação para facilitar o trabalho da máquina. Angela mora em um apartamento enorme em Seattle e nunca sai dele; ela tem problemas com espaços abertos e a pandemia só piorou seu trauma. Um dia ela está ouvindo os áudios da "Kimi" e ela escuta algo perturbador: gritos abafados de "socorro", em meio a uma música alta. Soderbergh é um mestre na parte técnica e a investigação que Angela faz com o áudio é algo bonito de se ver (eu até reconheci uma placa de áudio e um equalizador que ela usa para melhorar o som). E agora? Para quem ela denuncia o que parece ser um caso de abuso ouvido por acaso?
"Kimi" é um bom suspense de Soderbergh, muito bem escrito pelo veterano David Koepp (Quarto do Pânico). Além de diretor, Soderbergh também faz a direção de fotografia e a edição dos seus filmes, que ele produz aos montes. "Kimi" tem referências tão diferentes quanto "Janela Indiscreta", "A Conversação" e até "Esqueceram de Mim" (juro, rs). Zoë Kravitz está muito bem como uma mulher traumatizada que está tentando fazer a coisa certa. Ela poderia simplesmente ignorar o áudio entre as centenas de chamadas que ela resolve por dia, mas o áudio mexe com ela de forma especial. O filme tem enxutos 90 minutos muito bem aproveitados. Disponível na HBO Max.
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