Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis (Shang-Chi and the Legend of the Ten Rings, 2021). Dir: Destin Daniel Cretton. Estreia na Disney+ do mais recente filme da Marvel. Nunca fui leitor de quadrinhos de heróis, então o personagem, para mim, era desconhecido. Como filme genérico de artes marciais/filosofia de biscoito da sorte, porém, ele até que funciona. Minha maior surpresa foi ver o grande, gigante Tony Leung (Amor à Flor da Pele, Desejo e Perigo, O Amante, etc) como uma espécie de guerreiro imortal que possui os tais "dez anéis" do título. Ele é tamanho ator que você genuinamente sente por ele quando ele sofre pela esposa perdida, ou alguma cena mais sentimental do filme.
O roteiro é bem mirabolante e trata de um rapaz de São Francisco, Shang-Chi (Simu Liu, simpático), que trabalha como manobrista de um hotel. Ele tem uma amiga interpretada por Awkwafina, que é a obrigatória personagem cômica da Marvel (embora ela seja realmente engraçada). Uns capangas aparecem do nada para roubar um pingente que a mãe de Shang-Chi deu a ele quando ele era criança; o incidente faz com que ele revele para a amiga que, na verdade, ele foi criado pelo pai desde os sete anos para ser um assassino profissional. Eles vão até Macau para encontrar uma irmã de Shang-Chi, interpretada por Meng'er Zhang. Tudo culmina em uma longa sequência passada em uma terra mítica, no meio de uma floresta mágica (onde vive a grande Michelle Yeoh).
Como quase sempre acontece com estes filmes, este poderia ter uns 20 minutos a menos. Há boas cenas de artes marciais e de ação, embora a computação gráfica seja óbvia e o clímax parece mais com um filme de animação. Como disse, há bastante "filosofia de biscoito da sorte" e clichês de artes marciais, mas o bom elenco segura a onda. Há um personagem (que talvez seja spoiler), visto antes no terceiro filme do "Homem de Ferro", que está totalmente fora de lugar e irrita bastante. Há as obrigatórias cenas no meio e pós créditos. Eu sinceramente já me perdi na cronologia da Marvel. Disponível na Disney+.
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