Quanto Vale (Worth, 2021). Dir: Sara
Colangelo. Netflix. O filme vale pelas interpretações de Michael Keaton,
Stanley Tucci e Amy Ryan. Baseado na história de real dos acontecimentos após os
atentados de 11 de setembro de 2001, Keaton interpreta o advogado Ken Feinberg;
ele foi o responsável por chefiar uma comissão que iria determinar o valor das indenizações
que os sobreviventes e suas famílias receberiam do governo americano. A comissão
foi criada, também, para evitar que milhares de pessoas abrissem processo contra
as companhias aéreas usadas pelos terroristas para derrubar o World Trade
Center, em Nova York, e atacar o Pentágono, em Washington.
As melhores cenas envolvem o embate
entre Michael Keaton e Stanley Tucci (excelente), que interpreta Charles Wolf;
ele havia perdido a esposa no WTC e criado um grupo civil independente que não
concordava com os valores determinados pela comissão oficial. Quanto vale uma
vida? O valor da indenização deveria ser igual a todos ou variar dependendo da
riqueza (ou pobreza) da família da vítima? É possível colocar um valor
financeiro da perda de um pai, marido, esposa ou filho? O personagem de Michael
Keaton tenta ver tudo de forma racional e matemática enquanto que Stanley Tucci
quer que as vítimas sejam vistas como seres humanos, e não números.
O filme não chega a responder
direito a estas questões, mas, como disse, vale pelas interpretações. Amy Ryan
(sócia de Michael Keaton na firma de advocacia), entrevista pessoalmente dezenas
de vítimas e suas famílias e se envolve de forma mais pessoal com seus dramas. O
tema ainda é atual. Os atentados completam 20 anos este mês e centenas de
bombeiros ainda lutam para receber indenizações por doenças adquiridas durante
as operações de salvamento. Tá na Netflix.
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