Madame (2017). Dir: Amanda Sthers. Amazon Prime. Comédia dramática que poderia ter rendido bem mais, "Madame" lembra um pouco "Que horas ela volta?", filme brasileiro em que Regina Casé interpretava uma empregada "da família" em uma casa de São Paulo. Aqui, uma família americana rica tem uma casa enorme em Paris. O casal principal é interpretado pelos grandes Harvey Keitel e Toni Collette, excelentes. A empregada é Rossy de Palma, espanhola vista em vários filmes de Almodóvar.
A americana organiza um jantar de gala em que até o prefeito de Londres estará presente, mas há um problema: o filho de Harvey Keitel, Steven (Tom Hughes) aparece de surpresa, o que faz com que a mesa tenha 13 convidados. Para fazer um número par, a patroa pede que a empregada coloque um vestido e se sente à mesa ("fale pouco, beba pouco"). Só que um convidado, um vendedor de arte inglês (Michael Smiley), acaba se apaixonando pela espanhola (que ele acredita ser da realeza da Espanha).
Está armada uma comédia de erros em que o rico inglês começa a sair com a empregada espanhola, acreditando que ela é uma rica excêntrica, enquanto que a patroa americana não se conforma que a empregada tenha uma vida amorosa melhor do que a dela. Toni Collette está muito bem como uma mulher rica mas mal amada, que acha que a empregada deve voltar "ao seu lugar". O tom cômico se torna mais dramático conforme o ciúme da patroa aumenta e ela começa a interferir no romance da empregada. Harvey Keitel está divertido e Rossy de Palma está muito bem. É um filme bem europeu, com produção francesa mas falado em inglês. O tema poderia ter rendido mais, mas não é um filme ruim. Disponível na Amazon Prime.
Nenhum comentário:
Postar um comentário