Estranho Passageiro - Sputnik (2020). Dir: Egor Abramenko. Netflix. Ficção científica russa com charme de filme B, "Sputnik" tem mais a ver com "Vida" (Life, 2017), do que com "Alien" (1979), mas bebe da mesma fonte. Passado em 1983, em plena Guerra Fria, a trama começa com dois astronautas soviéticos em órbita, se preparando para voltar para casa. Eles então percebem que "alguma coisa" está fora da nave, tentando entrar. Corta para uma base soviética, algum tempo depois; uma cientista chamada Tatiana (Oksana Akinshina) é chamada por um coronel para examinar um dos astronautas, Konstantin (Pyotr Fyodorov). Ele é o único sobrevivente daquele voo e carrega consigo algo assustador; um alien está alojado dentro do corpo dele, e sai todas as noites pela boca para explorar em volta. O design do alien é apropriadamente assustador, com longos braços e vários olhos, como uma aranha.
E é basicamente isso. O resto do filme é um embate entre a cientista, que quer salvar a vida do astronauta, e do coronel, que quer transformar o alien em algum tipo de arma. Há alguns segredos desagradáveis que o coronel não contou à cientista, que rendem as cenas mais violentas do filme. Há também uma discussão leve sobre o papel de pais e filhos (o astronauta teria largado um filho ilegítimo em um orfanato) e sobre a ligação simbiótica entre o alien e o astronauta. O filme é escuro e passa o visual utilitário (e analógico) de uma base soviética na Guerra Fria. A primeira parte é melhor que a segunda, mas é um filme interessante. Tá na Netflix.
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