A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas (The Mitchells vs the Machines, 2021). Dir: Michael Rianda e Jeff Rowe. Netflix. Animação da Sony que ficou em primeiro lugar na Netflix em vários países, "A Família Mitchell" tem um belo visual que lembra "Homem-Aranha no Aranhaverso" (da mesma Sony). O estilo é acelerado e cheio de "hiperlinks", de forma tão exagerada que você deve levar à sério aquele aviso sobre "luzes piscantes que podem provocar epilepsia" que aparece no começo.
A família Mitchell é a típica família "esquisita". O pai, Rick, é avesso à tecnologia; a mãe, Linda, é super protetora; Katie é uma adolescente que sonha em fazer cinema na Califórnia (por "cinema" entenda-se vídeos agitados feitos para a geração tik tok); Aaron, o caçula, é infantil e adora dinossauros. Katie é aceita em uma faculdade no Oeste e a família decide ir de carro até lá. O problema é que, no caminho, uma inteligência artificial chamada PAL, presente em todos os celulares, se revolta contra a humanidade.
O roteiro tem bons momentos e os personagens são simpáticos. O problema é que tudo é super exagerado. De dez em dez segundos a tela é invadida por "efeitos", memes ou vídeos da internet. Os dramas familiares são clichês e se repetem constantemente. E há algo de hipócrita em uma animação de uma plataforma digital "criticar" as redes sociais e o excesso de tecnologia. A computação gráfica é misturada com traços que lembram os feitos à mão, o que resulta em uma imagem interessante. Quanto ao roteiro, não é feito para a geração "cringe". Tá na Netflix.
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