Ponyo: Uma Amizade que Veio do Mar (Gake no ue no Ponyo, 2008). Dir: Hayao Miyazaki. Netflix. Quantas vezes já vi essa animação? Não me lembro, mas nada como "Ponyo" para levantar o ânimo e achar que o mundo tem jeito. Escrito e dirigido pelo lendário Hayao Miyazaki, "Ponyo" é uma delícia. Quem já viu o documentário sobre ele, feito pela TV japonesa NHK, sabe como o mestre tem um jeito único de trabalhar. Miyazaki não parte de um roteiro escrito e fechado; ele passa semanas rascunhando, pintando aquarelas, criando personagens e imaginando cenas enquanto tenta "achar" o filme.
A "história de amor" entre um peixe e um menino tem ecos de "A pequena sereia" e é curioso que eu tenha visto "Luca" semana passada, que também bebeu da mesma fonte. Com a possível exceção de "Meu amigo Totorô" (1988), esta é a animação mais infantil de Hayao Miyazaki, mas não no mau sentido (como em "Luca"). Ele não subestima o público ou dá tudo de mão beijada. Não se explica porque Ponyo é uma peixinha que tem um "rosto" humano desde o começo. O caso é que ela quer conhecer o mundo terrestre e cria uma forte relação com um garoto que a resgata no mar. As cores são belíssimas e os fundos parecem pintados com lápis de cor.
O menino, curiosamente, nunca chama a mãe de "mãe", mas pelo nome, Lisa. O pai, que é capitão de um navio, também não é chamado de "pai" (embora o garoto diga à peixinha que ele é o pai dele). E mesmo quando o mar sobe e engole quase toda a terra, ninguém se desespera ou perde a esperança; pelo contrário, vemos aquela organização bem japonesa quando os moradores se juntam em barcos. O menino até chora um pouco quando não acha a mãe mas, no geral, é dono do próprio nariz, com cinco anos de idade. O final é maravilhoso, espécie de conto de fadas moderno. A trilha de Joe Hisaishi, como sempre, é de outro mundo. Para ver e rever. Tá na Netflix
A "história de amor" entre um peixe e um menino tem ecos de "A pequena sereia" e é curioso que eu tenha visto "Luca" semana passada, que também bebeu da mesma fonte. Com a possível exceção de "Meu amigo Totorô" (1988), esta é a animação mais infantil de Hayao Miyazaki, mas não no mau sentido (como em "Luca"). Ele não subestima o público ou dá tudo de mão beijada. Não se explica porque Ponyo é uma peixinha que tem um "rosto" humano desde o começo. O caso é que ela quer conhecer o mundo terrestre e cria uma forte relação com um garoto que a resgata no mar. As cores são belíssimas e os fundos parecem pintados com lápis de cor.
O menino, curiosamente, nunca chama a mãe de "mãe", mas pelo nome, Lisa. O pai, que é capitão de um navio, também não é chamado de "pai" (embora o garoto diga à peixinha que ele é o pai dele). E mesmo quando o mar sobe e engole quase toda a terra, ninguém se desespera ou perde a esperança; pelo contrário, vemos aquela organização bem japonesa quando os moradores se juntam em barcos. O menino até chora um pouco quando não acha a mãe mas, no geral, é dono do próprio nariz, com cinco anos de idade. O final é maravilhoso, espécie de conto de fadas moderno. A trilha de Joe Hisaishi, como sempre, é de outro mundo. Para ver e rever. Tá na Netflix
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