Quando a mãe de Satoru é brutalmente assassinada, o rapaz acaba sendo jogado 18 anos no passado, quando era um garoto na gelada província de Hokkaido, norte do Japão. Por que ele voltou tanto no tempo? O que ele pode fazer para impedir a morte da mãe, 18 anos no futuro? A trama, baseada em um mangá escrito por Kei Sanbe, envolve um serial killer, abuso infantil e outros assuntos pesados. O diretor trabalhou em outro anime pesado japonês, o ótimo "Death Note", e ele consegue aqui um equilíbrio delicado entre assuntos pesados e ótimas sequências de companheirismo, amizade e a relação entre pais e filhos. Satoru é um homem de 29 anos no corpo de um menino de 11 mas, depois de uns dias ele não consegue evitar agir e reagir como uma criança. Ainda assim, ele tenta de tudo para evitar o sequestro e assassinato de companheiros da escola, como a garota Kayo Hinazuki, que é constantemente agredida pela mãe. A trama então lida com aquele velho dilema das histórias que envolvem viagens no tempo: é possível mudar o futuro? Ou as coisas se repetem não importa o que você faça?
Há algumas idas e vindas entre presente e passado, mas certamente os melhores episódios são os que tratam da infância de Satoru. A animação é tecnicamente bem feita, com um bom jogo de luzes e sombras nos momentos de suspense. Dando uma lida pela internet soube que há também um filme e uma série com atores (disponível na Netflix) baseada no mesmo mangá, e que esta série animada teria modificado a trama original. Recomendo. Tá na Netflix.
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