À Espreita do Mal (I See You, 2019). Dir: Adam Randall. Netflix. Bom suspense na Netflix que começa muito, muito bem e tem problemas em manter o nível até o final, "À Espreita do Mal" flerta com filmes de terror, com sobrenatural e com suspense policial. A primeira metade tem um ótimo suspense mantido no estilo de David Fincher (com toques de Michael Haneke). Um garoto é sequestrado na floresta (em uma cena surreal), colocando terror uma pequena cidade americana. Mas nada se compara ao clima pesado da casa da família Harper, composta pelo casal de meia idade Greg (Jon Tenney) e Jackie (Helen Hunt). Ele é policial, ela é psiquiatra e os dois estão com problemas familiares; ela teve um caso com um antigo colega da escola, o marido está dormindo no sofá e o filho adolescente, Connor (Judah Lewis) está revoltado.
A câmera está sempre em movimento, acompanhada por uma trilha sonora angustiante, enquanto vemos coisas estranhas acontecendo pela casa. A TV liga e desliga sozinha, fotos desaparecem da parede e todos têm a sensação de que "alguma coisa" está à espreita. Enquanto isso, a polícia tenta desvendar o caso do garoto desaparecido na floresta. Helen Hunt, coitada, está com o rosto distorcido por uma plástica que deu muito errado, mas até isso ajuda no suspense.
Lá pelo meio acontece uma coisa que não posso revelar e é quase como se começasse outro filme. A trama vira de pernas para o ar e não tenho certeza se tudo faz sentido; o caso é que grande parte do suspense evapora no ar. Ainda é um filme intrigante e o final é bom, embora não tanto quanto a primeira parte. Adam Randall, o diretor, é alguém para se prestar atenção. Tá na Netflix.
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