"Círculo de Fogo" (mais conhecido pelo título original "Pacific Rim") é um filme americano dirigido por um mexicano (Guillermo del Toro, da série "Hellboy" e de "O Labirinto do Fauno"...bons tempos), mas que tem alma de filme de monstros japoneses. "Hoje nós cancelaremos o Apocalipse!", grita o Marechal Pentecost (Idris Elba, de "Prometheus") em um daqueles discursos pré batalha repetidos desde o Henrique V de Shakespeare (e em "Coração Valente", "Independence Day", "O Retorno do Rei" e outra dezena de cenas semelhantes em outros filmes). "Pacific Rim" é a versão cinematográfica de todos aquelas séries e filmes de monstros japoneses já produzidos, de "Spectroman" e "Godzilla" a "Neon Genesis Evangelion", agora transformados em "realidade" pela computação gráfica.
Uma narração inicia a aventura dizendo que os invasores extraterrestres não vieram das estrelas, mas do fundo do Oceano Pacífico. Monstros gigantescos (que parecem filhos do "Cloverfield" de J.J. Abrams) atravessam um portal entre duas dimensões e começam a destruir as grandes cidades costeiras do mundo. Eles são chamados de "Kaiju". Para combatê-los são construídos "Jagers", robôs do tamanho de edifícios que precisam ser comandados por dois seres humanos ligados por uma "conexão neural". Os dois pilotos compartilham os pensamentos um do outro e, juntos, conseguem mover as máquinas descomunais que respondem por nomes como "Gipsy Danger", "Crimson Typhoon" ou "Striker Eureka". Os Kaiju surgem a intervalos de tempo cada vez mais curtos e, como em fases de um videogame, são cada vez maiores e mais fortes (o que gera diálogos como "Este é um Kaiju Categoria 5!"). A trilha de Ramin Djawadi (de "Game of Thrones" e "Homem de Ferro") tem apenas um tema heroico, que fica se repetindo pelas duas horas de filme.
Uma narração inicia a aventura dizendo que os invasores extraterrestres não vieram das estrelas, mas do fundo do Oceano Pacífico. Monstros gigantescos (que parecem filhos do "Cloverfield" de J.J. Abrams) atravessam um portal entre duas dimensões e começam a destruir as grandes cidades costeiras do mundo. Eles são chamados de "Kaiju". Para combatê-los são construídos "Jagers", robôs do tamanho de edifícios que precisam ser comandados por dois seres humanos ligados por uma "conexão neural". Os dois pilotos compartilham os pensamentos um do outro e, juntos, conseguem mover as máquinas descomunais que respondem por nomes como "Gipsy Danger", "Crimson Typhoon" ou "Striker Eureka". Os Kaiju surgem a intervalos de tempo cada vez mais curtos e, como em fases de um videogame, são cada vez maiores e mais fortes (o que gera diálogos como "Este é um Kaiju Categoria 5!"). A trilha de Ramin Djawadi (de "Game of Thrones" e "Homem de Ferro") tem apenas um tema heroico, que fica se repetindo pelas duas horas de filme.
Não há muito mais o que falar sobre "Círculo de Fogo", a não ser que ele entrega exatamente o que promete: robôs gigantes e monstros partindo para a briga na base de socos, pontapés e armas poderosas, como raios de plasma, espadas nucleares e mísseis. Apesar da computação gráfica ser bem feita, 90% dos combates são realizados à noite e debaixo de muita chuva, o que é um truque comumente usado para disfarçar erros em efeitos especiais. Para não dizer que o filme não tem nenhum lado humano, há uma personagem japonesa (naturalmente), Mako Mori (Rinko Kicuchi) que teve a família morta pelos Kaiju quando era criança. Há uma boa cena passada dentro das memórias dela durante uma conexão neural entre Mako e o outro piloto do "Gipsy Danger", Raleigh Becket (Charlie Hunnam). E o grande Ron Pelrman (ator que fez os dois "Hellboy" com Del Toro) faz uma ponta como um contrabandista de órgãos dos Kaiju. Durante o pouco tempo que ele aparece na tela, você fica com vontade de que tivessem feito um filme baseado em personagens como ele, e não em robôs digitais brigando de dar porrada em monstros. "Círculo de Fogo" é bem melhor que "Transformers" e vai agradar aos fãs do gênero.
Câmera Escura
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