A cena mais interessante de "O Homem de Aço", infelizmente, é breve. A icônica figura do Superman é vista algemado e escoltado por soldados. Este é um ser com poderes quase infinitos que, em um momento que poderia ser chamado de "nobreza", decide se entregar à Humanidade. Ele saiu do esconderijo onde se manteve por 33 anos (a "idade de Cristo", em uma das várias referências religiosas do filme) em resposta à chegada à Terra do louco General Zod (Michael Shannon, de "Foi apenas um sonho", 2008). Mas estou me adiantando.
"O Homem de Aço" é mais um filme de super-herói a chegar ao cinema; dirigido por Zack Snyder (de "300" e "Watchmen") e produzido por Christopher Nolan (da série "Batman"), ele tem muito da seriedade e o suposto realismo imprimido por Nolan nos filmes do Batman, o que é uma vantagem e uma desvantagem. Foram-se os saudosos tempos do Superman de Christopher Reeve dos anos 1970, que voava com um sorriso no rosto, Louis Lane nos braços e embalado pela trilha de John Williams. O Superman do século XXI é um homem em conflito com suas origens e inseguro de seu lugar neste planeta. É também um herói mais violento, que voa com uma expressão de raiva ao som ensurdecedor dos acordes onipresentes da trilha de Hans Zimmer. Interpretado pelo britânico Henry Cavill, Superman perdeu a inocência. Por outro lado, perdeu-se também muito do charme e graça do personagem. Afinal, apesar do novo uniforme (que lembra o usado pelo herói nos clássicos desenhos animados produzidos pelos irmãos Max e David Fleischer nos anos 1940), Superman ainda é basicamente um cara com uma capa vermelha, um "S" no peito e que pode voar.
"O Homem de Aço" é mais um filme de super-herói a chegar ao cinema; dirigido por Zack Snyder (de "300" e "Watchmen") e produzido por Christopher Nolan (da série "Batman"), ele tem muito da seriedade e o suposto realismo imprimido por Nolan nos filmes do Batman, o que é uma vantagem e uma desvantagem. Foram-se os saudosos tempos do Superman de Christopher Reeve dos anos 1970, que voava com um sorriso no rosto, Louis Lane nos braços e embalado pela trilha de John Williams. O Superman do século XXI é um homem em conflito com suas origens e inseguro de seu lugar neste planeta. É também um herói mais violento, que voa com uma expressão de raiva ao som ensurdecedor dos acordes onipresentes da trilha de Hans Zimmer. Interpretado pelo britânico Henry Cavill, Superman perdeu a inocência. Por outro lado, perdeu-se também muito do charme e graça do personagem. Afinal, apesar do novo uniforme (que lembra o usado pelo herói nos clássicos desenhos animados produzidos pelos irmãos Max e David Fleischer nos anos 1940), Superman ainda é basicamente um cara com uma capa vermelha, um "S" no peito e que pode voar.
Russell Crowe ("Intrigas de Estado") adiciona ainda mais seriedade ao início passado no planeta Krypton como Jor-El, pai de Kal-El, o primeiro bebê nascido naturalmente no planeta em séculos. Há uma subtrama confusa sobre um tal de "Codex", que conteria o código genético dos habitantes do planeta condenado, que é desejado pelo General Zod, mas é enviado à Terra junto com o bebê Superman. Kevin Costner, que andava sumido, interpreta com muita dignidade o pai adotivo terrestre de Kal-El, que ele batiza de Clark Kent, e Diane Lane interpreta sua mãe. O problema é que é tudo tão pomposo e sério que, estranhamente, o filme não emociona. Pior, a campanha de marketing massacrante revelou quase todas as boas cenas nos vários trailers lançados nos últimos meses, e "O Homem de Aço", por vezes, parece uma colagem de cenas que você já assistiu no YouTube. Você já sabe que Clark salva o ônibus escolar quando cai no rio, já sabe que, adulto, salva os trabalhadores de uma plataforma de petróleo. Você já ouviu Russell Crowe declamando suas mensagens para o filho ou escutou Michael Shannon gritando. Em um filme com 148 minutos de duração, você vai se surpreender com o quanto já viu dele na internet. Grande parte do filme, infelizmente, é dedicada a intermináveis cenas de luta corpo a corpo ou destruição geral da cidade de Nova York/Metrópolis. O som é tão ensurdecedor que é recomendável levar um protetor de ouvidos à sessão.
Há, também, boas cenas. A das algemas é ótima. O garoto Clark assustado em sala de aula, escutando tudo em volta e descobrindo que tem visão de Raio-X, é outra. Mas falta principalmente humor, coisa que a Marvel usa muito bem nos filmes do "Homem de Ferro", "Os Vingadores", "Capitão América", "Thor", etc. Os altos custos de produção e a bilheteria aquém do esperado podem ter posto fim às esperadas continuações, mas vai depender do desempenho do filme fora dos Estados Unidos.
Foi uma pena mesmo, pois parecia que ia ser um super filme.
ResponderExcluirO diretor e os produtores se concentram muito nas cenas de ação e no 'insuportável''3D, e esqueceram o mais importante: o roteiro.
Kevin, Amy e Russel só se salvam, pois são acima dos demais... já o resto, sem comentários.