Nathalie (Audrey Tautou, de "Coco antes de Chanel") é casada com um jovem francês que é quase perfeito. Ele é romântico (pede Nathalie em casamento de joelhos, no meio da rua), é bonito, é apaixonado por ela e quer ter filhos. Os dois formam um belo par e, em menos de dez minutos do filme, já estão casados e planejando uma família. É então que o inesperado acontece; ele sofre um acidente, entra em coma e morre.
"A Delicadeza do Amor", que parecia ser uma comédia romântica como outra qualquer, se transforma em um filme que, embora ainda leve e divertido, é inteligente e observador. Nathalie, viúva, investe no trabalho, onde é assediada pelo chefe (Bruno Todeschini), e vê as amigas se casando e tendo filhos. Após três anos em reclusão, um dia, inesperadamente, Nathalie beija um colega de trabalho, o sueco Markus (François Damiens). Ele é estrangeiro, desengonçado, grandalhão e tão "comum" que é quase invisível. O beijo de Nathalie é surpreendente para os dois, que não sabem o que fazer em seguida. Iniciam assim um romance tão inocente quanto complicado. Nem mesmo a melhor amiga de Nathalie consegue entender o porquê de uma mulher como ela ter se interessado por este sueco esquisito, e o próprio Markus tem dificuldade em acreditar no amor dela.
O filme é dirigido pelos irmãos Stephane e David Foenkinos, baseado no livro de David e, assim como diz o título, é extremamente delicado. Tautou (que para sempre vai ter associado "Amélie Poulain" a seu nome) está muito bem, mas Damiens rouba o filme como o atrapalhado Markus. Há uma cena muito engraçada quando ele está andando pelas ruas, logo depois do primeiro beijo de Nathalie, e ele se sente irresistível, atraindo a atenção de todas as mulheres da rua, ao som de "Bang a Gong (Get It On)", da banda T. Rex. O romance entre Nathalie e Markus rapidamente se transforma na fofoca preferida do escritório em que trabalham e a história vai parar nos ouvidos de Charles, o chefe ciumento dela. Mas os clichês são contornados pela sensibilidade do roteiro. O filme mostra como, no mundo competitivo de hoje, ser um sujeito decente, simples e comum como Markus é encarado com desconfiança. Cabe a Nathalie decidir se vai ceder às pressões de todos, que querem vê-la com "um cara melhor", ou vai acreditar no amor sincero de Markus. Visto no Topázio Cinemas, em Campinas.
Câmera Escura
O filme é dirigido pelos irmãos Stephane e David Foenkinos, baseado no livro de David e, assim como diz o título, é extremamente delicado. Tautou (que para sempre vai ter associado "Amélie Poulain" a seu nome) está muito bem, mas Damiens rouba o filme como o atrapalhado Markus. Há uma cena muito engraçada quando ele está andando pelas ruas, logo depois do primeiro beijo de Nathalie, e ele se sente irresistível, atraindo a atenção de todas as mulheres da rua, ao som de "Bang a Gong (Get It On)", da banda T. Rex. O romance entre Nathalie e Markus rapidamente se transforma na fofoca preferida do escritório em que trabalham e a história vai parar nos ouvidos de Charles, o chefe ciumento dela. Mas os clichês são contornados pela sensibilidade do roteiro. O filme mostra como, no mundo competitivo de hoje, ser um sujeito decente, simples e comum como Markus é encarado com desconfiança. Cabe a Nathalie decidir se vai ceder às pressões de todos, que querem vê-la com "um cara melhor", ou vai acreditar no amor sincero de Markus. Visto no Topázio Cinemas, em Campinas.
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