Na China do século 19, as mulheres tinham de se submeter a vários costumes. Um deles, bastante cruel, era a deformação dos pés das meninas para que coubessem em minúsculos sapatos, o que era considerado elegante e adequado para que conseguissem um bom casamento. Outro costume era chamado de "laotong", que era uma espécie de compromisso oficial feito entre duas garotas, que assim se tornavam "irmãs" para toda a vida.
"Flor da Neve e o Leque Secreto", do diretor Wayne Wang, conta a história de quatro mulheres chinesas em dois períodos históricos distintos. A primeira se passa no século 19 e mostra como as meninas "Flor da Neve" (Gianna Jun) e "Lírio" (Bing Bing Li) se submeteram a estes dois rituais. A outra história é passada na Shangai dos dias de hoje e mostra as mesmas atrizes interpretando mulheres modernas que, por opção, também seguem o costume do "laotong". Nina (Li) é uma bem sucedida executiva que está para se mudar para Nova York quando sua amiga Sophia (Jun) sofre um acidente de trânsito e vai parar no hospital. Nina decide ficar em Shangai ao lado da amiga e o filme parte para uma série de flashbacks que contam tanto a história de Nina e Sophia quanto de Flor da Neve e Lírio.
Apesar da bela fotografia de Richard Wong e direção de arte de Molly Page, o vai e vem entre os séculos 19 e 21 não funciona. As cenas no passado soam mais verossímeis (já que as mulheres tinham de se submeter a costumes antigos) do que as do presente. Fica muito vago qual tipo de relacionamento Nina e Sophia têm no presente. São apenas amigas ou há algo mais? E se há, por que não assumir o fato, ao invés de se ficar com eufemismos como "irmã" ou "melhor amiga"? O problema é que os roteiristas quiseram manter uma ligação artificial entre a situação das mulheres do passado com as do presente (segundo este verbete da Wikipedia, o livro original de Lisa See não tem a parte morderna, que foi introduzida pelos roteiristas do filme). Para piorar, há um sentimentalismo piegas reforçado pela trilha sonora melosa de Rachel Portman. PS: Hugh "Wolverine" Jackman aparece brevemente como o namorado de Sophia. Visto como cortesia no Topázio Cinemas, Campinas.
Câmera Escura
"Flor da Neve e o Leque Secreto", do diretor Wayne Wang, conta a história de quatro mulheres chinesas em dois períodos históricos distintos. A primeira se passa no século 19 e mostra como as meninas "Flor da Neve" (Gianna Jun) e "Lírio" (Bing Bing Li) se submeteram a estes dois rituais. A outra história é passada na Shangai dos dias de hoje e mostra as mesmas atrizes interpretando mulheres modernas que, por opção, também seguem o costume do "laotong". Nina (Li) é uma bem sucedida executiva que está para se mudar para Nova York quando sua amiga Sophia (Jun) sofre um acidente de trânsito e vai parar no hospital. Nina decide ficar em Shangai ao lado da amiga e o filme parte para uma série de flashbacks que contam tanto a história de Nina e Sophia quanto de Flor da Neve e Lírio.
Apesar da bela fotografia de Richard Wong e direção de arte de Molly Page, o vai e vem entre os séculos 19 e 21 não funciona. As cenas no passado soam mais verossímeis (já que as mulheres tinham de se submeter a costumes antigos) do que as do presente. Fica muito vago qual tipo de relacionamento Nina e Sophia têm no presente. São apenas amigas ou há algo mais? E se há, por que não assumir o fato, ao invés de se ficar com eufemismos como "irmã" ou "melhor amiga"? O problema é que os roteiristas quiseram manter uma ligação artificial entre a situação das mulheres do passado com as do presente (segundo este verbete da Wikipedia, o livro original de Lisa See não tem a parte morderna, que foi introduzida pelos roteiristas do filme). Para piorar, há um sentimentalismo piegas reforçado pela trilha sonora melosa de Rachel Portman. PS: Hugh "Wolverine" Jackman aparece brevemente como o namorado de Sophia. Visto como cortesia no Topázio Cinemas, Campinas.
Câmera Escura
2 comentários:
Preguiça desse filme, estreia aqui essa semana, o Rotten Tomatoes é 2,0 (!) e olha que crítico americano adora art house movies ah ah
Pois é, Fernando, nada de muito interessante neste filme. Dispensável e facilmente esquecível.
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