O estúdio de animação Pixar sempre se manteve acima da concorrência nos quesitos técnica e roteiro. Seus filmes animados conquistaram o público de tal forma que se tornaram clássicos instantâneos, tomando a frente da indústria de animação e superando até os tradicionais estúdios Disney, com quem se fundiram e tomaram o controle criativo. Pois bem, eis que um de seus fundadores e principais nomes, John Lasseter, lança agora um filme puramente caça-níqueis, na linha daquelas continuações de segunda classe que a Disney fazia de seus clássicos e lançava direto para o DVD.
"Carros 2" é uma decepção em vários níveis, a não ser no técnico, claro. O trabalho de animação é impecável e o design continua criativo. O primeiro filme, lançado em 2006, era curioso na forma como adaptava não só o mudo dos seres humanos para os personagens de quatro rodas, mas também a própria natureza. As largas paisagens do oeste americano tinham a forma aerodinâmica de grandes Cadillacs, por exemplo, e isto se repete na continuação.
Mesmo não sendo dos melhores filmes da Pixar, o roteiro nostálgico pregava valores como a revalorização das pequenas cidades e uma desaceleração geral do modo de vida. Era uma fantasia fechada e que não precisava de continuações. Na falta de uma boa idéia para "Carros 2", Lasseter simplesmente pegou uma fórmula muito usada (os filmes de espionagem) e arbitrariamente a aplicou aos personagens de "Carros". Poderia ter feito a mesma coisa (com os mesmos resultados ruins) com os brinquedos de "Toy Story", talvez. Quem sabe a coisa funcionasse melhor com os heróis de "Os Incríveis"? Fica clara, infelizmente, a intenção de ganhar dinheiro nas férias da criançada e vender brinquedos.
Sim, as crianças pequenas, principalmente os garotos, vão gostar de ver Relâmpago MacQueen e o guincho Mate se aventurando por países como Japão, Itália, França e Inglaterra em um campeonato mundial de corridas. Um milionário diz ter criado um combustível totalmente orgânico e organizou esta disputa para provar que a era do petróleo terminou. Só que um cientista alemão quer estragar estes planos e criou uma arma que destrói os carros que estiverem usando este combustível. Um agente secreto britânico, Finn McMíssil (voz de Michael Caine, no original) e a sexy Holly Caixadebrita acabam contando com a ajuda de Mate para desvendarem o mistério. Assim, o capiria desastrado Mate acaba tomando o papel de protagonista de "Carros 2", deixando Relâmpago como mero coadjuvante. O roteiro capenga apela para cenas de corrida (narradas por Luciano do Valle, na versão dublada) ou de ação, com todos os tiros e explosões que se esperam de um filme de James Bond. Ou seja, exatamente o contrário de tudo que se plantou no primeiro "Carros". Bola fora da Pixar.
"Carros 2" é uma decepção em vários níveis, a não ser no técnico, claro. O trabalho de animação é impecável e o design continua criativo. O primeiro filme, lançado em 2006, era curioso na forma como adaptava não só o mudo dos seres humanos para os personagens de quatro rodas, mas também a própria natureza. As largas paisagens do oeste americano tinham a forma aerodinâmica de grandes Cadillacs, por exemplo, e isto se repete na continuação.
Mesmo não sendo dos melhores filmes da Pixar, o roteiro nostálgico pregava valores como a revalorização das pequenas cidades e uma desaceleração geral do modo de vida. Era uma fantasia fechada e que não precisava de continuações. Na falta de uma boa idéia para "Carros 2", Lasseter simplesmente pegou uma fórmula muito usada (os filmes de espionagem) e arbitrariamente a aplicou aos personagens de "Carros". Poderia ter feito a mesma coisa (com os mesmos resultados ruins) com os brinquedos de "Toy Story", talvez. Quem sabe a coisa funcionasse melhor com os heróis de "Os Incríveis"? Fica clara, infelizmente, a intenção de ganhar dinheiro nas férias da criançada e vender brinquedos.
Sim, as crianças pequenas, principalmente os garotos, vão gostar de ver Relâmpago MacQueen e o guincho Mate se aventurando por países como Japão, Itália, França e Inglaterra em um campeonato mundial de corridas. Um milionário diz ter criado um combustível totalmente orgânico e organizou esta disputa para provar que a era do petróleo terminou. Só que um cientista alemão quer estragar estes planos e criou uma arma que destrói os carros que estiverem usando este combustível. Um agente secreto britânico, Finn McMíssil (voz de Michael Caine, no original) e a sexy Holly Caixadebrita acabam contando com a ajuda de Mate para desvendarem o mistério. Assim, o capiria desastrado Mate acaba tomando o papel de protagonista de "Carros 2", deixando Relâmpago como mero coadjuvante. O roteiro capenga apela para cenas de corrida (narradas por Luciano do Valle, na versão dublada) ou de ação, com todos os tiros e explosões que se esperam de um filme de James Bond. Ou seja, exatamente o contrário de tudo que se plantou no primeiro "Carros". Bola fora da Pixar.
3 comentários:
Oi, João!
Concordo com você em todas as afirmações. O filme é divertido e com técnica impecável, mas falta o lado da emoçaõ nos roteiros que transformam cada obra da Pixar em favoritos absolutos. Taí Up e Toy Story 3 que não me deixam mentir.
Grande abraço!
César.
Para mim, o curta do Toy Story exibido antes do filme já valeu o ingresso.
Abraços
Ah, sou eu, Adilson! RS RS
Postar um comentário