Em uma pequena vila de pescadores, no Peru, Miguel (Cristian Mercado) está casado com Mariela (Tatiana Astengo), que espera seu primeiro filho. É uma vila bem tradicional, com um padre, um bar e pequenas casas de frente para o mar. Uma figura distoa da paisagem, o pintor Santiago (Manolo Cardona), um rapaz alto, que anda pela vila bem arrumado, tirando fotos que usa para suas pinturas. O espectador descobre então que Miguel tem uma vida de aparências; o pescador, marido e futuro pai, na verdade, mantém um caso secreto com o pintor Santiago. Os dois se encontram em praias escondidas e Santiago, na verdade, está um pouco cansado de manter o romance em segredo.
"Contracorrente" é escrito e dirigido por Javier Fontes León, que conduz o filme com sensibilidade. O roteiro demora um pouco para engrenar, mas o começo expositivo serve para explicar uma reviravolta, com tons sobrenaturais, que ocorre em seguida. O que parecia ser "apenas" a história de um amor homossexual escondido, ganha contornos mais interessantes quando Miguel (e o espectador) descobrem que o pintor Santiago pode estar morto. Ele teria batido a cabeça em uma pedra, na praia, e seu corpo está perdido em alguma "contracorrente", no mar. Enquanto isso, seu "espírito" passa a aparecer para Miguel, que é o único que pode vê-lo. Isso causa uma situação interessante; Miguel, que não queria assumir sua identidade e muito menos ser visto em público com Santiago, passa a desfrutar de sua companhia o tempo todo, o que não deixa de ser conveniente; ele acredita poder manter seu "segredo" e seu casamento.
Tudo isso se passa em uma bela paisagem filmada na costa do Peru, em Cabo Blanco. O elenco é muito bom, principalmente Tatiana Astengo, que interpreta a esposa de Miguel como uma mulher forte e decidida a lutar pelo marido. A vida dos pescadores é mostrada de forma sensível e vemos seu modo de trabalhar e sua religiosidade. Como curiosidade, os moradores são fãs das telenovelas brasileiras. Em vários momentos eles estão vendo "Direito de Amar", produzida pela Globo. O roteiro, naturalmente, tem semelhanças com "O Segredo de Brokeback Mountain", mas o filme peruano é bem menos ambicioso e, talvez por isso mesmo, melhor resolvido. "Contracorrente" ganhou o prêmio de público no Festival de Sundance e foi o vencedor do Festival Mix Brasil em 2010.
"Contracorrente" é escrito e dirigido por Javier Fontes León, que conduz o filme com sensibilidade. O roteiro demora um pouco para engrenar, mas o começo expositivo serve para explicar uma reviravolta, com tons sobrenaturais, que ocorre em seguida. O que parecia ser "apenas" a história de um amor homossexual escondido, ganha contornos mais interessantes quando Miguel (e o espectador) descobrem que o pintor Santiago pode estar morto. Ele teria batido a cabeça em uma pedra, na praia, e seu corpo está perdido em alguma "contracorrente", no mar. Enquanto isso, seu "espírito" passa a aparecer para Miguel, que é o único que pode vê-lo. Isso causa uma situação interessante; Miguel, que não queria assumir sua identidade e muito menos ser visto em público com Santiago, passa a desfrutar de sua companhia o tempo todo, o que não deixa de ser conveniente; ele acredita poder manter seu "segredo" e seu casamento.
Tudo isso se passa em uma bela paisagem filmada na costa do Peru, em Cabo Blanco. O elenco é muito bom, principalmente Tatiana Astengo, que interpreta a esposa de Miguel como uma mulher forte e decidida a lutar pelo marido. A vida dos pescadores é mostrada de forma sensível e vemos seu modo de trabalhar e sua religiosidade. Como curiosidade, os moradores são fãs das telenovelas brasileiras. Em vários momentos eles estão vendo "Direito de Amar", produzida pela Globo. O roteiro, naturalmente, tem semelhanças com "O Segredo de Brokeback Mountain", mas o filme peruano é bem menos ambicioso e, talvez por isso mesmo, melhor resolvido. "Contracorrente" ganhou o prêmio de público no Festival de Sundance e foi o vencedor do Festival Mix Brasil em 2010.