A cerimônia de entrega do Oscar, ocorrida em Los Angeles na noite de ontem, foi previsível e entediante. Com o claro objetivo de atrair a audiência jovem, os atores James Franco e Anne Hathaway foram os mestres de cerimônia, substituindo os tradicionais comediantes. O resultado foi muito fraco. Hathaway e Franco podem ser bonitos e talentosos, mas não têm "timing" algum para levar uma cerimônia como esta. James Franco parecia estar drogado; fez toda a cerimônia com um sorriso travado no rosto e lia o teleprompter com dificuldade, de forma robótica.
Quanto aos vencedores, "O Discurso do Rei" confirmou as previsões e levou os prêmios de Melhor Filme, Diretor (Tom Hooper), Ator (Colin Firth) e Roteiro Original (David Seidler). O longa britânico tem a "cara" do Oscar e é sem dúvida um ótimo filme, mas "A Rede Social" é muito mais relevante e atual. Particularmente vergonhosa foi a decisão da "Academia de Artes e Ciências Cinematográficas" de votar em Tom Hooper como melhor diretor. Hooper fez um trabalho competente mas, novamente, o melhor diretor do ano foi David Fincher por "A Rede Social". Fincher pegou um roteiro basicamente falado (muito bem escrito por Aaron Sorkin, que ganhou o prêmio de Melhor Roteiro Adaptado) e conseguiu imprimir ritmo e suspense. "A Rede Social" venceu também os prêmios de Melhor Trilha Sonora (Trent Reznor and Atticus Ross) e Melhor Edição (Angus Wall e Kirk Baxter).
Outra injustiça da noite foi o prêmio de Melhor Fotografia para Wally Pfister em "A Origem". O vencedor deveria ter sido o mestre Roger Deakins por seu trabalho excepcional em "Bravura Indômita". O faroeste dos irmãos Coen, a propósito, foi o grande injustiçado da noite, com dez indicações e nenhuma vitória.
A categoria ator e atriz coadjuvantes surpreendeu favoravelmente. Christian Bale (excepcional em O Vencedor) repetiu o feito do Globo de Ouro e levou um Oscar merecido, assim como sua colega Melissa Leo (que deu uma gafe ao falar a palavra "fuck", proibida na televisão ao vivo americana, durante seu discurso de agradecimento).
Quanto aos vencedores, "O Discurso do Rei" confirmou as previsões e levou os prêmios de Melhor Filme, Diretor (Tom Hooper), Ator (Colin Firth) e Roteiro Original (David Seidler). O longa britânico tem a "cara" do Oscar e é sem dúvida um ótimo filme, mas "A Rede Social" é muito mais relevante e atual. Particularmente vergonhosa foi a decisão da "Academia de Artes e Ciências Cinematográficas" de votar em Tom Hooper como melhor diretor. Hooper fez um trabalho competente mas, novamente, o melhor diretor do ano foi David Fincher por "A Rede Social". Fincher pegou um roteiro basicamente falado (muito bem escrito por Aaron Sorkin, que ganhou o prêmio de Melhor Roteiro Adaptado) e conseguiu imprimir ritmo e suspense. "A Rede Social" venceu também os prêmios de Melhor Trilha Sonora (Trent Reznor and Atticus Ross) e Melhor Edição (Angus Wall e Kirk Baxter).
Outra injustiça da noite foi o prêmio de Melhor Fotografia para Wally Pfister em "A Origem". O vencedor deveria ter sido o mestre Roger Deakins por seu trabalho excepcional em "Bravura Indômita". O faroeste dos irmãos Coen, a propósito, foi o grande injustiçado da noite, com dez indicações e nenhuma vitória.
A categoria ator e atriz coadjuvantes surpreendeu favoravelmente. Christian Bale (excepcional em O Vencedor) repetiu o feito do Globo de Ouro e levou um Oscar merecido, assim como sua colega Melissa Leo (que deu uma gafe ao falar a palavra "fuck", proibida na televisão ao vivo americana, durante seu discurso de agradecimento).
Na categoria Melhor Documentário, "Inside Job" tirou o prêmio do divertido "Exit through the gift shop", do artista Banksy (que havia prometido receber o prêmio vestido de macaco, caso ganhasse). "Lixo Extraordinário", co-produção entre a Inglaterra e o Brasil, também ficou sem o prêmio.
No geral, os prêmios foram melhor distribuídos que em outros anos. Esperemos que no próximo ano escolham melhor o apresentador da cerimônia; Billy Crystal, antigo apresentador do Oscar, fez uma participação especial que serviu apenas para mostrar como Franco e Hataway estavam perdidos.
No geral, os prêmios foram melhor distribuídos que em outros anos. Esperemos que no próximo ano escolham melhor o apresentador da cerimônia; Billy Crystal, antigo apresentador do Oscar, fez uma participação especial que serviu apenas para mostrar como Franco e Hataway estavam perdidos.
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