"72 Horas" carece de foco. É um filme indeciso entre ser um thriller clássico de fugitivo, um drama familiar ou, ainda, a saga particular de um marido obcecado pela inocência da esposa. O marido, no caso, é Russell Crowe, carismático e competente como de costume e carregando o filme nas costas. Sua esposa Lara (Elisabeth Banks) foi condenada pelo assassinato da própria chefe e enviada para uma prisão municipal em Pittsburgh.
As "72 horas" do título, na verdade, demoram a começar. O drama se estende por mais de três anos, desde a prisão de Lara, e foca na vida do professor universitário John Brennan (Crowe) e seu filho pequeno Luke. Escrito e dirigido por Paul Haggis, o roteiro não tem pressa. Haggis foi para o time "A" dos roteiristas/diretores de Hollywood após ganhar o Oscar por dois anos seguidos, o primeiro pelo roteiro de "Menina de Ouro", de Clint Eastwood, e depois os prêmios de roteiro e direção por "Crash", filmes com duração longa. O cacife de Haggis é tão alto que, para "72 Horas", ele pode se dar ao luxo de ter coadjuvantes como Lian Neeson, que só aparece por alguns minutos, e Brian Dennehy, que interpreta o pai de Crowe e diz no máximo cinco frases.
John Brennan fica obcecado com a idéia de, esgotadas todas as opções legais, tirar a esposa da prisão por outro meio. Lian Neeson, um criminoso que escapou sete vezes da prisão, lhe passa as informações necessárias para que ele bole um plano que requer a obtenção de documentos falsos, ter um meio de sair do país e, claro, conseguir tirar a mulher da penitenciária sem ser preso ou morto. A interpretação sincera de Crowe e o passo lento do roteiro até conseguem, por vezes, dar verossimilhança a esta premissa absurda. Interessante como Haggis mostra que é teoricamente possível, pesquisando vídeos e tutoriais na internet, aprender desde como se abre uma fechadura até arrombar um carro. O problema é que o roteiro vai se tornando cada vez mais absurdo e, quando o espectador imagina que o filme está para acabar, é como se outro se iniciasse, a partir da fuga de Lara da prisão. Só então "72 Horas" passa a ter aquele ritmo e trama esperados de um filme no estilo de "O Fugitivo", com o agravante que não é só uma pessoa tentando escapar da polícia, mas um homem, uma mulher e uma criança de seis anos.
Para quem gosta de boas interpretações e um ritmo de um cinema mais "clássico", "72 Horas" tem seus pontos de interesse. Mas a trama é cheia de furos e, acabada a sessão, o filme não se sustenta até o final dos créditos.
As "72 horas" do título, na verdade, demoram a começar. O drama se estende por mais de três anos, desde a prisão de Lara, e foca na vida do professor universitário John Brennan (Crowe) e seu filho pequeno Luke. Escrito e dirigido por Paul Haggis, o roteiro não tem pressa. Haggis foi para o time "A" dos roteiristas/diretores de Hollywood após ganhar o Oscar por dois anos seguidos, o primeiro pelo roteiro de "Menina de Ouro", de Clint Eastwood, e depois os prêmios de roteiro e direção por "Crash", filmes com duração longa. O cacife de Haggis é tão alto que, para "72 Horas", ele pode se dar ao luxo de ter coadjuvantes como Lian Neeson, que só aparece por alguns minutos, e Brian Dennehy, que interpreta o pai de Crowe e diz no máximo cinco frases.
John Brennan fica obcecado com a idéia de, esgotadas todas as opções legais, tirar a esposa da prisão por outro meio. Lian Neeson, um criminoso que escapou sete vezes da prisão, lhe passa as informações necessárias para que ele bole um plano que requer a obtenção de documentos falsos, ter um meio de sair do país e, claro, conseguir tirar a mulher da penitenciária sem ser preso ou morto. A interpretação sincera de Crowe e o passo lento do roteiro até conseguem, por vezes, dar verossimilhança a esta premissa absurda. Interessante como Haggis mostra que é teoricamente possível, pesquisando vídeos e tutoriais na internet, aprender desde como se abre uma fechadura até arrombar um carro. O problema é que o roteiro vai se tornando cada vez mais absurdo e, quando o espectador imagina que o filme está para acabar, é como se outro se iniciasse, a partir da fuga de Lara da prisão. Só então "72 Horas" passa a ter aquele ritmo e trama esperados de um filme no estilo de "O Fugitivo", com o agravante que não é só uma pessoa tentando escapar da polícia, mas um homem, uma mulher e uma criança de seis anos.
Para quem gosta de boas interpretações e um ritmo de um cinema mais "clássico", "72 Horas" tem seus pontos de interesse. Mas a trama é cheia de furos e, acabada a sessão, o filme não se sustenta até o final dos créditos.
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