Em 1984, o diretor John G. Avildsen usou sua experiência adquirida em “Rocky” (1976), com Sylvester Stallone, para fazer outro tipo de “filme de luta”. Baseado em um personagem em quadrinhos, “Karate Kid” era um bom filme “família” que contava a história de Daniel Larusso (Ralph Macchio) e sua amizade com um zelador japonês, o Sr. Miyagi (Pat Morita), que lhe ensinava karatê. O filme fez grande sucesso e gerou algumas continuações, das quais apenas “Karate Kid II” ainda tinha algo para dizer. Nos violentos anos 80, com seus “Rambos” e “Rockys”, “Karate Kid” se destacava ao falar sobre usar as artes marciais apenas para se defender.
Vinte e seis anos depois, o personagem está de volta, repaginado. Estamos no século XXI e o “futuro” agora está na China. A noção de adolescência também mudou, e o novo Karate Kid se transformou em um garoto negro de 12 anos chamado Dre Parker. Ele é interpretado por Jaden Smith, filho de Will Smith e Jada Pinkett Smith. A mãe de Dre (Taraji Henson) foi transferida para um trabalho na China e os dois partem para o país de Mao, uma surpreendente economia capitalista em um país comunista. É patente o lado “relações públicas” de algumas cenas. A vizinhança para onde Dre e a mãe se mudam é uma China idealizada, com crianças jogando basquete na praça e velhos fazendo exercícios. Não há nada culturalmente diferente na tela, e Dre já está jogando basquete alguns minutos depois que chegou ao país. Quando o zelador lhe explica que a eletricidade do chuveiro é controlada, o garoto lhe diz que isso não existe nos Estados Unidos. Ao que o zelador responde “desligue o interruptor e salve o mundo”, em uma mensagem ecológica. Vinda de um dos países mais poluidores do mundo, a frase parece ter sido escrita por algum relações públicas.
Política à parte, o filme é bastante envolvente. Jaden Smith, apesar de ter herdado vários maneirismos do pai, é basicamente um garoto comum. Atraído por uma garota, ele é atacado por um garoto valentão simplesmente por conversar com ela. Ele leva uma surra e Smith não tem vergonha de mostrar lágrimas de dor. Sua situação fica pior ao descobrir que o valentão estuda na mesma escola, e Dre passa por humilhações e surras diárias. Um dia ele é salvo pelo Sr. Han (Jackie Chan), o zelador do prédio, que se revela um mestre em kung-fu. Algumas cenas e diálogos foram tirados diretamente do “Karate Kid” original, como a cena em que o Sr. Han e Dre vão conversar com o cruel professor de kung-fu do garoto. O Sr. Han consegue uma “trégua” nas surras de Dre, desde que ele participe do torneio de kung-fu que vai ocorrer meses depois.
Sim, kung-fu. “Karate Kid” é apenas o nome da “marca” que vai atrair os fãs dos filmes originais. Jackie Chan, que já está com 56 anos, interpreta o Sr. Han de forma surpreendente. Sempre sério, Chan não se parece em nada com os personagens que costumava interpretar em seus filmes de artes marciais ou em comédias americanas. Há uma bela cena (também baseada em passagem do original), que o Sr. Han conta a Dre sobre a morte precoce da esposa e do filho pequeno. Há também boas passagens de amor adolescente entre Dre e uma garota chinesa e várias sequências turísticas mostrando as paisagens da China. É difícil acreditar que um zelador tivesse acesso à Muralha da China para treinar seu aluno, por exemplo, mas é esteticamente bonito.
A duração, com duas horas e vinte minutos, é excessiva. Produzido por Will Smith e a esposa, a sensação que dá é que nenhuma cena interpretada pelo filho deles foi cortada, e ele está em praticamente todos os planos. E quando o torneio chega, mesmo os que não viram o filme original sabem o que vai acontecer, mas torcemos por Dre da mesma forma.
Vinte e seis anos depois, o personagem está de volta, repaginado. Estamos no século XXI e o “futuro” agora está na China. A noção de adolescência também mudou, e o novo Karate Kid se transformou em um garoto negro de 12 anos chamado Dre Parker. Ele é interpretado por Jaden Smith, filho de Will Smith e Jada Pinkett Smith. A mãe de Dre (Taraji Henson) foi transferida para um trabalho na China e os dois partem para o país de Mao, uma surpreendente economia capitalista em um país comunista. É patente o lado “relações públicas” de algumas cenas. A vizinhança para onde Dre e a mãe se mudam é uma China idealizada, com crianças jogando basquete na praça e velhos fazendo exercícios. Não há nada culturalmente diferente na tela, e Dre já está jogando basquete alguns minutos depois que chegou ao país. Quando o zelador lhe explica que a eletricidade do chuveiro é controlada, o garoto lhe diz que isso não existe nos Estados Unidos. Ao que o zelador responde “desligue o interruptor e salve o mundo”, em uma mensagem ecológica. Vinda de um dos países mais poluidores do mundo, a frase parece ter sido escrita por algum relações públicas.
Política à parte, o filme é bastante envolvente. Jaden Smith, apesar de ter herdado vários maneirismos do pai, é basicamente um garoto comum. Atraído por uma garota, ele é atacado por um garoto valentão simplesmente por conversar com ela. Ele leva uma surra e Smith não tem vergonha de mostrar lágrimas de dor. Sua situação fica pior ao descobrir que o valentão estuda na mesma escola, e Dre passa por humilhações e surras diárias. Um dia ele é salvo pelo Sr. Han (Jackie Chan), o zelador do prédio, que se revela um mestre em kung-fu. Algumas cenas e diálogos foram tirados diretamente do “Karate Kid” original, como a cena em que o Sr. Han e Dre vão conversar com o cruel professor de kung-fu do garoto. O Sr. Han consegue uma “trégua” nas surras de Dre, desde que ele participe do torneio de kung-fu que vai ocorrer meses depois.
Sim, kung-fu. “Karate Kid” é apenas o nome da “marca” que vai atrair os fãs dos filmes originais. Jackie Chan, que já está com 56 anos, interpreta o Sr. Han de forma surpreendente. Sempre sério, Chan não se parece em nada com os personagens que costumava interpretar em seus filmes de artes marciais ou em comédias americanas. Há uma bela cena (também baseada em passagem do original), que o Sr. Han conta a Dre sobre a morte precoce da esposa e do filho pequeno. Há também boas passagens de amor adolescente entre Dre e uma garota chinesa e várias sequências turísticas mostrando as paisagens da China. É difícil acreditar que um zelador tivesse acesso à Muralha da China para treinar seu aluno, por exemplo, mas é esteticamente bonito.
A duração, com duas horas e vinte minutos, é excessiva. Produzido por Will Smith e a esposa, a sensação que dá é que nenhuma cena interpretada pelo filho deles foi cortada, e ele está em praticamente todos os planos. E quando o torneio chega, mesmo os que não viram o filme original sabem o que vai acontecer, mas torcemos por Dre da mesma forma.
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