Em 1987, Arnold Swarzenegger estrelava um bom filme de aventura e ficção-científica chamado “Predador”. A produção tinha todas as marcas da década, como personagens musculosos, patriotismo americano e violência. O diretor John McTierman conseguiu criar uma boa dose de suspense enquanto cada ser humano, em meio à selva, era caçado e morto por um alienígena capaz de se camuflar entre a folhagem. O sucesso do filme gerou a obrigatória seqüência inferior em 1990 e dois inúteis exercícios chamados “Alien versus Predador”.
Como estamos em época de remakes e reboots de séries e franquias, o alienígena caçador volta aos cinemas agora sob a produção de Robert Rodriguez, que chegou a escrever um roteiro para um “Predador 3” ainda nos anos 90, e a direção de Ninrod Antal. A maior surpresa deste novo capítulo é o elenco. No lugar do halterofilista austríaco está Adrien Brody, ator oscarizado por sua interpretação em “O Pianista” e, provavelmente, a última pessoa em quem se pensaria para este papel.
Brody já flertou com blockbusters antes, fazendo o dramaturgo no King Kong (2005) de Peter Jackson, mas naquele filme ele era literalmente um peixe fora d´água. Em “Predadores” (agora no plural) ele é um mercenário chamado Royce, que começa o filme em queda livre, aterrissando com um estrondo em uma selva desconhecida. Ele não está sozinho. Também caem do céu o soldado russo Nikolai (Oleg Taktarov), uma militar israelense (a brasileira Alice Braga), um traficante mexicano (Danny Trejo), um médico (Topher Grace, aos 32 anos, ainda com cara de adolescente), um japonês da máfia yakuza (Louis Ozawa), um guerrilheiro africano (cujo nome real é Mahershalalhashbaz Ali) e um preso condenado à morte (Walton Goggins). São todos personagens clichês em uma situação inusitada. O que eles estão fazendo ali? Quem os jogou ali? E, o mais importante, onde é “ali”? A bússola não aponta para o norte e, o mais estranho, o Sol não se move (fato que é “esquecido” na parte final do filme, em que anoitece sem nenhuma explicação). As interpretações são acima da média para um filme do gênero e, ao menos na primeira metade, o roteiro é intrigante o suficiente para manter a atenção. O grupo é atacado por uma espécie de cachorro alienígena com longos chifres e eles chegam à conclusão de que estão sendo caçados por “alguma coisa”.
O filme se perde justamente no momento mais promissor. Eles encontram outro “náufrago” deixado naquele planeta, interpretado pelo grande Laurence Fishburne. Ele sobreviveu a dez “temporadas de caça” e mora em uma espécie de “máquina” alienígena, onde se esconde e conversa com um companheiro imaginário. Fishburne é bom ator e seu personagem causa a impressão que teremos um roteiro inteligente dali para frente. Infelizmente, a sensação dura pouco. Logo o filme apela para os clichês do gênero, como perseguições em corredores escuros e mortes violentas. Há até uma cena que de tão absurda chega a ser engraçada. Um dos Predadores, que poderia destruir um ser humano facilmente com um tiro de laser, enfrenta o japonês da yakuza em uma luta de espadas samurai. Adrien Brody assume seu lado personagem de ação “marombado” e exibe um corpo musculoso, com barriga tanquinho, enquanto entra na “porrada” com outro Predador.
Como blockbuster de ação, “Predadores” até diverte e se desenrola como o esperado de um filme do gênero. Há muitas explosões, tiros, sangue vermelho (humano) e verde (alien) e até um final aberto para uma continuação. Quem sabe? No próximo talvez chamem Sir Anthony Hopkins para um papel. Hannibal versus Predador? Sucesso garantido.
Como estamos em época de remakes e reboots de séries e franquias, o alienígena caçador volta aos cinemas agora sob a produção de Robert Rodriguez, que chegou a escrever um roteiro para um “Predador 3” ainda nos anos 90, e a direção de Ninrod Antal. A maior surpresa deste novo capítulo é o elenco. No lugar do halterofilista austríaco está Adrien Brody, ator oscarizado por sua interpretação em “O Pianista” e, provavelmente, a última pessoa em quem se pensaria para este papel.
Brody já flertou com blockbusters antes, fazendo o dramaturgo no King Kong (2005) de Peter Jackson, mas naquele filme ele era literalmente um peixe fora d´água. Em “Predadores” (agora no plural) ele é um mercenário chamado Royce, que começa o filme em queda livre, aterrissando com um estrondo em uma selva desconhecida. Ele não está sozinho. Também caem do céu o soldado russo Nikolai (Oleg Taktarov), uma militar israelense (a brasileira Alice Braga), um traficante mexicano (Danny Trejo), um médico (Topher Grace, aos 32 anos, ainda com cara de adolescente), um japonês da máfia yakuza (Louis Ozawa), um guerrilheiro africano (cujo nome real é Mahershalalhashbaz Ali) e um preso condenado à morte (Walton Goggins). São todos personagens clichês em uma situação inusitada. O que eles estão fazendo ali? Quem os jogou ali? E, o mais importante, onde é “ali”? A bússola não aponta para o norte e, o mais estranho, o Sol não se move (fato que é “esquecido” na parte final do filme, em que anoitece sem nenhuma explicação). As interpretações são acima da média para um filme do gênero e, ao menos na primeira metade, o roteiro é intrigante o suficiente para manter a atenção. O grupo é atacado por uma espécie de cachorro alienígena com longos chifres e eles chegam à conclusão de que estão sendo caçados por “alguma coisa”.
O filme se perde justamente no momento mais promissor. Eles encontram outro “náufrago” deixado naquele planeta, interpretado pelo grande Laurence Fishburne. Ele sobreviveu a dez “temporadas de caça” e mora em uma espécie de “máquina” alienígena, onde se esconde e conversa com um companheiro imaginário. Fishburne é bom ator e seu personagem causa a impressão que teremos um roteiro inteligente dali para frente. Infelizmente, a sensação dura pouco. Logo o filme apela para os clichês do gênero, como perseguições em corredores escuros e mortes violentas. Há até uma cena que de tão absurda chega a ser engraçada. Um dos Predadores, que poderia destruir um ser humano facilmente com um tiro de laser, enfrenta o japonês da yakuza em uma luta de espadas samurai. Adrien Brody assume seu lado personagem de ação “marombado” e exibe um corpo musculoso, com barriga tanquinho, enquanto entra na “porrada” com outro Predador.
Como blockbuster de ação, “Predadores” até diverte e se desenrola como o esperado de um filme do gênero. Há muitas explosões, tiros, sangue vermelho (humano) e verde (alien) e até um final aberto para uma continuação. Quem sabe? No próximo talvez chamem Sir Anthony Hopkins para um papel. Hannibal versus Predador? Sucesso garantido.
Um comentário:
Então! Achei PREDADORES bem divertido. Curti mais que SALT, já que são os bbusters da semana nos multiplexes. Bem colocado: O sol não se move e, no entanto, logo anoitece. Eheh É cada furo de roteiro em Hollywood que eu vou te contar, meu! :)
abs
Fernando
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