Incrível pensar que o primeiro "Toy Story" estreou no cinema há quinze anos. A tecnologia da Pixar, aliada a sua quase infalível habilidade de contar histórias, é tão boa, que o primeiro filme, assim como sua continuação, parecem tão bons hoje quanto em 1995. Talvez por isso, e pela grande venda de DVDs, que os filmes conseguiram conquistar novos fãs entre adultos e crianças e lançar agora outra continuação.
"Toy Story 3" vem em 3D, como dita a nova "moda" hollywoodiana, para continuar a história do caubói de brinquedo Woody (Tom Hanks, no original), seu companheiro astronauta Buzz Lightyear, e os outros brinquedos de Andy, que agora cresceu, está com 17 anos e de partida para a universidade. Há anos ele não dá atenção a seus brinquedos, que estão largados em um baú em seu quarto, que ainda tem o mesmo papel de parede azul com estrelinhas. Como já havia sido dito em "Toy Story 2", a missão de vida de um brinquedo é dar alegria a seu dono, e os bonecos estão carentes da atenção de Andy. O que ele vai fazer com eles, agora que está de partida? Vai doá-los a uma creche? Vai jogá-los no lixo? Vai levá-los para a faculdade?
Após algumas confusões, os bonecos acabam indo parar mesmo em uma creche. A princípio eles acham que estão no paraíso. Afinal, lá está cheio de crianças para brincar com eles, e o melhor, quando elas crescerem, outras crianças tomarão seu lugar. O único que não está satisfeito é o caubói Woody, sempre fiel, que foge para encontrar Andy. A creche acaba se revelando uma prisão cruel liderada por um urso de pelúcia chamado Lotso, que é auxiliado pelo boneco Ken (vítima de várias piadas sobre gays), um bebê de brinquedo e o resto da gangue "do mal".
Os primeiros "Toy Story" foram concebidos e dirigidos por John Lasseter, o "cabeça" por trás da Pixar. Este tem apenas a história baseada em uma idéia de Lasseter, sendo dirigido por Lee Unkrich. As crianças sem dúvida vão adorar e o filme tem recebido boas críticas, mas não é a mesma coisa. Há menos atenção aos personagens e mais em criar cenas muito bem feitas pelos técnicos em computação gráfica, como uma sequência inicial simulando a imaginação de Andy e outra passada dentro de uma usina de lixo que lembra os bons tempos de Indiana Jones. Mas o roteiro é fraco, praticamente com a mesma premissa de "Toy Story 2", em que Woody era "sequestrado" por um colecionador e tentava voltar para o dono com a ajuda dos amigos. O urso Lotso é uma versão reciclada do boneco "Mineiro", do filme anterior, e repetem de novo a piada de Buzz Lightyear achar que é um astronauta de verdade.
Mas há um final bastante emotivo, em que vemos Andy, crescido, tendo que decidir o futuro de seus brinquedos. Como curiosidade, há uma menina que tem um boneco do personagem Totorô, criação do mestre japonês Hayao Miyazaki, grande influencia dos animadores da Pixar.
5 comentários:
Nossa, dá pra acreditar? 15 anos! Tô ficando velha...
pois é... não tinha idéia que tinha passado tanto tempo desde o primeiro filmne.
Mas eu ameeeei todos!
Eu assisti e gostei muito, ainda que pessoalmente prefira Toy Story 2. Acho o terceiro filme bem produzido, mais adulto, com uma bela mensagem...mas um pouco manipulativo por conta da nostalgia desses personagens (por esses 15 anos).
Incrível como vc tirou a inocência do meu completo encantamento com o filme. Não havia me lembrado dessas semelhanças de roteiro com os filmes anteriores. Concordo sobre a cena da usina de lixo, realmente... Boa resenha. :)
Ah...Parabéns pelo blog!
Obrigado pelos parabéns, Priscila, pena que tirei sua inocência com o filme, hehe. Preciso rever, mas sem dúvida foi o filme que menos impacto me causou entre os três Toy Story.
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