Com o sucesso dos longas metragens da série X-Men (dirigidos por Brian Singer e Brett Ratner), a Fox resolveu apostar em um filme baseado no mutante mais popular da saga, “Wolverine”, interpretado por Hugh Jackman. A trama é baseada em uma série de quadrinhos que explicava a origem de James Logan, um mutante com capacidade de se curar de todos os ferimentos e que tem garras retráteis que saem de seus punhos. Infelizmente, “X-Men Origens: Wolverine” é bem inferior aos filmes originais da série, e é fácil perceber porque.
“Wolverine” começa no século 19, no Canadá, quando os poderes de Logan aparecem pela primeira vez. Ele testemunha a morte do homem que julga ser seu pai e, em um ataque de fúria, lâminas de osso crescem de suas mãos e ele as usa para matar o assassino. Após o crime, ele foge do Canadá com seu meio irmão, “Dentes de Sabre” (Liev Schreiber), e eles vão para os Estados Unidos. Em uma ótima seqüência de abertura (a melhor cena do filme, diga-se de passagem), vemos como os dois passaram por uma série de guerras ao longo dos anos, como a Guerra de Secessão, as duas guerras mundiais e a Guerra do Vietnã. Descobrimos, assim, que além de indestrutíveis eles são também praticamente imortais, o que é um dos problemas do filme. O que fazer com um personagem imortal e indestrutível? Como sabemos que nada vai acontecer ao herói, como atrair o interesse e a empatia da platéia? Infelizmente, isso é feito com diversos clichês, como a inevitável namorada que vai ser morta e provocar a ira de Wolverine, o desejo de vingança, e assim por diante.
Outro problema é que os produtores, com medo de que uma censura alta pudesse prejudicar as bilheterias, insistiram para que o filme não fosse muito violento. O que provoca cenas francamente ridículas em que, após alguma luta em que deveria haver sangue e pedaços de corpos para todos os lados, vemos no máximo alguns hematomas e suor no rosto de Logan. Após a morte da namorada e sedento de vingança, ele aceita passar por um procedimento doloroso em que seus ossos são trocados por uma liga metálica indestrutível, o “Adamantium”, que veio do espaço em um meteoro. O processo na verdade é parte dos planos do Coronel Striker (Danny Huston), de construir a arma perfeita mas, como sabiamente diz um personagem, eles gastam um dinheirão para deixar Wolverine indestrutível só para passar o resto do filme tentando matá-lo? Esse tipo de “lógica” talvez funcione em uma HQ, mas não em um filme com pretensões sérias como este. E que saudade do elenco dos filmes anteriores, que contavam com atores do quilate de Ian McKellen, Patrick Stewart, Famke Janssen, Halle Berry, Anna Paquin, só para citar alguns. “Wolverine” está povoado de atores desconhecidos e fracos, interpretando uma série de mutantes igualmente desinteressantes.
Assim, “Wolverine” tenta se segurar só no carisma de Hugh Jackman para se manter de pé. Jackman é bom ator e está em casa interpretando Logan/Wolverine, mas só isso não garante o sucesso do filme, que inclusive apela para o físico do ator (que chega a aparecer nu em algumas cenas rápidas e sem camisa em várias, para agradar o lado feminino da platéia). Para finalizar (e se você não assistiu “Wolverine” sugiro que pare de ler por aqui, alerta de SPOILER), o final é extremamente decepcionante. Qual a razão de se fazer um filme que mostre o passado de um personagem se ele não vai aprender nada com ele? Sim, já sabíamos em X-Men que Logan não se lembrava do passado, mas isso só comprova que este filme não tinha razão de ser. Novamente, não há como ter muita empatia com um personagem indestrutível, imortal e que, depois de tudo, ainda se esquece de tudo o que aconteceu.
“Wolverine” começa no século 19, no Canadá, quando os poderes de Logan aparecem pela primeira vez. Ele testemunha a morte do homem que julga ser seu pai e, em um ataque de fúria, lâminas de osso crescem de suas mãos e ele as usa para matar o assassino. Após o crime, ele foge do Canadá com seu meio irmão, “Dentes de Sabre” (Liev Schreiber), e eles vão para os Estados Unidos. Em uma ótima seqüência de abertura (a melhor cena do filme, diga-se de passagem), vemos como os dois passaram por uma série de guerras ao longo dos anos, como a Guerra de Secessão, as duas guerras mundiais e a Guerra do Vietnã. Descobrimos, assim, que além de indestrutíveis eles são também praticamente imortais, o que é um dos problemas do filme. O que fazer com um personagem imortal e indestrutível? Como sabemos que nada vai acontecer ao herói, como atrair o interesse e a empatia da platéia? Infelizmente, isso é feito com diversos clichês, como a inevitável namorada que vai ser morta e provocar a ira de Wolverine, o desejo de vingança, e assim por diante.
Outro problema é que os produtores, com medo de que uma censura alta pudesse prejudicar as bilheterias, insistiram para que o filme não fosse muito violento. O que provoca cenas francamente ridículas em que, após alguma luta em que deveria haver sangue e pedaços de corpos para todos os lados, vemos no máximo alguns hematomas e suor no rosto de Logan. Após a morte da namorada e sedento de vingança, ele aceita passar por um procedimento doloroso em que seus ossos são trocados por uma liga metálica indestrutível, o “Adamantium”, que veio do espaço em um meteoro. O processo na verdade é parte dos planos do Coronel Striker (Danny Huston), de construir a arma perfeita mas, como sabiamente diz um personagem, eles gastam um dinheirão para deixar Wolverine indestrutível só para passar o resto do filme tentando matá-lo? Esse tipo de “lógica” talvez funcione em uma HQ, mas não em um filme com pretensões sérias como este. E que saudade do elenco dos filmes anteriores, que contavam com atores do quilate de Ian McKellen, Patrick Stewart, Famke Janssen, Halle Berry, Anna Paquin, só para citar alguns. “Wolverine” está povoado de atores desconhecidos e fracos, interpretando uma série de mutantes igualmente desinteressantes.
Assim, “Wolverine” tenta se segurar só no carisma de Hugh Jackman para se manter de pé. Jackman é bom ator e está em casa interpretando Logan/Wolverine, mas só isso não garante o sucesso do filme, que inclusive apela para o físico do ator (que chega a aparecer nu em algumas cenas rápidas e sem camisa em várias, para agradar o lado feminino da platéia). Para finalizar (e se você não assistiu “Wolverine” sugiro que pare de ler por aqui, alerta de SPOILER), o final é extremamente decepcionante. Qual a razão de se fazer um filme que mostre o passado de um personagem se ele não vai aprender nada com ele? Sim, já sabíamos em X-Men que Logan não se lembrava do passado, mas isso só comprova que este filme não tinha razão de ser. Novamente, não há como ter muita empatia com um personagem indestrutível, imortal e que, depois de tudo, ainda se esquece de tudo o que aconteceu.
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