“Escritores da Liberdade”, de 2007, foi escrito e dirigido por Richard Lagravenese. O filme é mais um exemplar de uma espécie de “gênero” do cinema, o “filme de professor”. São vários os exemplos de produções que seguem mais ou menos a mesma fórmula: um professor idealista e exemplar tem que enfrentar alunos indisciplinados, quase criminosos, em alguma escola decadente. Um dos primeiros e mais famosos do gênero é “Um Mestre com Carinho”, dirigido por James Clavell em 1967, em que Sidney Poitier interpreta um professor negro que consegue disciplinar uma turma baderneira de uma escola de Londres. Podemos citar também "Mentes Perigosas", com Michelle Pfeiffer; ou "O clube do Imperador", com Kevin Kline; "Mr. Holland", com Richard Dreyfuss; "Sociedade dos Poetas Mortos", com Robin Williams e assim por diante, todos seguindo variações da mesma fórmula.
“Escritores da Liberdade”, apesar de formulaico, consegue ser original em alguns momentos e certamente tem uma mensagem interessante. O filme é baseado na história real da professora Erin Gruwell (interpretada por Hillary Swank), que ao enfrentar uma turma multirracial em uma escola americana teve que lidar com todo tipo de problemas. A classe é formada em grande parte por filhos de imigrantes que foram aos Estados Unidos fugidos da pobreza ou violência de seus países de origem. Dentro da escola esses adolescentes acabam por imitar os problemas que enfrentam fora da sala de aula, como a violência e o preconceito. Cada grupo racial se senta junto e não se comunica com o grupo ao lado. A professora começa a mudar isso misturando os alunos dentro da sala e, através de um exercício de perguntas e respostas, consegue mostras aos jovens que, apesar das diferentes origens, todos compartilham problemas em comum. Ela também usa a história do holocausto judeu na Segunda Guerra Mundial para ensinar lições como intolerância e perseguição política.
A dedicação da professora Gruwell a seus alunos é tamanha que ela acaba por negligenciar a vida familiar, o que acaba com seu casamento com um arquiteto fracassado. Ela enfrenta também problemas com a direção da escola, que vê os alunos como meros delinqüentes sem solução. Ao distribuir diários para seus alunos, a professora acaba mostrando que cada um deles tem uma história própria e um motivo para agir da maneira que age. Todo mundo, no fundo, precisa aprender a ser respeitado para poder respeitar o colega de classe, o vizinho ou aquele que, a princípio, parece tão diferente mas que, no fundo, é um ser humano como qualquer outro.
A dedicação da professora Gruwell a seus alunos é tamanha que ela acaba por negligenciar a vida familiar, o que acaba com seu casamento com um arquiteto fracassado. Ela enfrenta também problemas com a direção da escola, que vê os alunos como meros delinqüentes sem solução. Ao distribuir diários para seus alunos, a professora acaba mostrando que cada um deles tem uma história própria e um motivo para agir da maneira que age. Todo mundo, no fundo, precisa aprender a ser respeitado para poder respeitar o colega de classe, o vizinho ou aquele que, a princípio, parece tão diferente mas que, no fundo, é um ser humano como qualquer outro.
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