segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Feliz Natal (o filme revisto)
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Sete Vidas
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
O Castelo de Cagliostro
Boas festas...
domingo, 21 de dezembro de 2008
Na natureza selvagem
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Rede de Mentiras
Em “Jogos de Espiões”, tínhamos um veterano da CIA (interpretado por Robert Redford) que era comandante e “mentor” de um jovem agente (interpretado por Brad Pitt), que era quem ia a campo realizar suas missões. Em “Rede de Mentiras”, também temos um veterano chamado Ed Hoffman (Russell Crowe, sempre camaleão, gordo e envelhecido para o papel) que, de seu posto nos Estados Unidos, supervisiona as operações de um jovem agente chamado Ferris (Leonardo DiCaprio) em missão no Iraque. Em “Jogos de Espiões” o personagem de Brad Pitt se envolvia com uma enfermeira que trabalhava com refugiados de guerra. Em “Rede de Mentiras”, DiCaprio se envolve com a enfermeira de um hospital em Amã, Jordânia, que lhe trata dos ferimentos após ter sido atacado por cães raivosos. A única diferença é que enquanto em “Jogos de Espiões” havia uma camaradagem e amizade entre o velho e o novo espião, em “Rede de Mentiras” há uma estranha relação de amor e ódio entre Ed Hoffman e Ferris. Os dois mantém contato telefônico (que maravilha de conexão têm seus celulares) entre os EUA e o Oriente Médio. Russell Crowe é geralmente visto como um “homem de família”, sempre levando os filhos à escola ou os acompanhando em atividades esportivas enquanto, pelo celular, comanda assassinatos e estratégias do outro lado do Globo. DiCaprio é o “herói” do filme mas, nesses tempos em que a popularidade dos EUA no mundo está em baixa, seu personagem é também um frio assassino e explorador de possíveis fontes de informação.
O filme, no entanto, não se sustenta. O espectador fica sentado por mais de duas horas vendo seqüência após seqüência espetacular de perseguições, explosões de bombas e imagens de satélite enquanto é jogado de um canto a outro do Oriente Médio. “Rede de Mentiras” fica melhor quando acalma um pouco em suas passagens na Jordânia. DiCaprio se aproxima de um líder chamado Hani (Mark Strong) que é possivelmente o melhor personagem do filme. Hani aceita fornecer ajuda da Jordânia à CIA, com uma condição: DiCaprio jamais pode mentir para ele. Claro que isso não vai acontecer. E há uma seqüência passada na casa da enfermeira Aisha (Golshifteh Farahani) que, por um momento, até traz alguma humanidade ao filme. Mas é tudo muito rápido. Logo estamos de volta às mesmas explosões e imagens tecnológicas de sempre. “Rede de Mentiras”, infelizmente, acaba se revelando um desperdício para os talentos de Crowe, DiCaprio e Ridley Scott.
domingo, 14 de dezembro de 2008
Um Crime de Mestre (2007)
Parece um caso simples para um jovem e ambicioso promotor chamado Willy Beachum (Ryan Gosling), que está de mudança marcada para um emprego muito melhor em uma empresa privada. Mas conforme a polícia investiga, ele percebe que não será tão fácil condenar Crowford. A arma encontrada no local do crime não combina com a balística. A confissão assinada na delegacia não pode ser aceita no tribunal depois que uma nova descoberta põe tudo a perder: o policial que prendeu Crowford teria tido um caso com a vítima, o que invalida a confissão. A arma do crime não é encontrada em parte alguma e o desprepado de Beachum, o promotor, por achar que o caso era tão fácil, podem acabar levando o réu a ser libertado.
Anthony Hopkins, claro, é a estrela do filme. Eternizado no papel do assassino em série Hannibal Lecter em "O Silêncio dos Inocentes", ele está à vontade novamente como um criminoso inteligente e educado. Mas não é apenas uma repetição de Lecter; reparem nos detalhes e nuances que Hopkins trás ao personagem nas suas cenas de tribunal, ou em suas conversas com Beachum. Também no elenco, em um papel secundário, está o ótimo David Strathairn (de Boa Noite, e Boa Sorte), como o chefe de Ryan Gosling (que faz o possível ao contracenar com atores como estes). A bela fotografia de Kramer Morgenthau dá ao filme tons dourados e um ar de cinema "noir" moderno. O roteiro, quando tudo se esclarece, não se sustenta. Mas o filme, enquanto se desenrola, faz um bom trabalho em deixar o espectador interessado na resolução do caso e em imaginar o que teria acontecido.