Um post televisivo. Ontem, 01 de novembro de 2008, a TV Cultura de São Paulo exibiu um programa especial de 18 anos do Vitrine. Eu sou fã "nerd" da TV Cultura desde criança, quando assistia a programas infantis como "Bambalalão" ou, na adolescência, aos ótimos programas de auditório como "Quem Sabe, Sabe", "É Proibido Colar" e "Enigma". É...saudade da época em que se fazia televisão inteligente. Mas, apesar de uma certa banalização e a lamentável abertura da TV Cultura aos comerciais (assistir propaganda das Casas Bahia, com todo respeito, na TV Cultura, é algo difícil de engolir), a Fundação Padre Anchieta manteve e mantém certa qualidade de programação até os dias de hoje.
Prova disso é o Programa Vitrine, no ar há 18 anos. Sim, eu me lembro do lançamento do programa, ao vivo, com os apresentadores Nelson Araújo (nos últimos anos no Globo Rural) e Maria Antônia Demasi, e assisti a vários programas apresentados depois por Cassia Mello, Leonor Corrêa e Renata Ceribelli. Minhas fases preferidas, porém, foram as apresentadas por Maria Cristina Poli (entre 1994 e 1998) e pelo genial Marcelo Tas (1998 a 2004). Poli deu um ar mais internacional e jornalístico ao programa. Viajou a vários países e me lembro de assistir com interesse a seus programas direto do Japão (em 1998, eu mesmo partiria para lá, onde passei um ano).
Marcelo Tas, já prata da TV Cultura por suas participações e criações nos programas infantis como Rá-Tim-Bum (além de criador e diretor do Telecurso 2000), assumiu o programa em 1998, em pleno surgimento da internet no país. O Vitrine voltou a ser ao vivo, toda quarta feira, "dez e meeeeeeia da noite" (como anunciava Tas) e era muito bom. O programa se tornou cada vez mais interativo, com participação ao vivo de internautas via e-mail, e havia ótimas (e às vezes surpreendentes) entrevistas, como a de Ana Maria Braga. Rodrigo Rodrigues e Fernanda Danelon realizavam as reportagens externas.
Por um tempo o Vitrine passou por alguns problemas (que até hoje não entendi direito, pois fiquei sem acesso a TV Cultura por um tempo). Ele deixou de ser ao vivo e Marcelo Tas fez algumas apresentações do exterior, ou então havia reprises no lugar do programa. Voltei a acompanhar o Vitrine a partir do ano passado, agora sob o comando de Rodrigo Rodrigues e da bela Sabrina Parlatore. O programa, gravado, continua com boas reportagens e ainda é bem superior ao nível médio da televisão brasileira. No programa especial de ontem, todos os ex-apresentadores estavam presentes. Marcelo Tas está fazendo sucesso com o CQC, na TV Bandeirantes. Renata Ceribelli está na Globo. Leonor Corrêa na Record. Maria Cristina Poli, que havia voltado para a Globo, mas já saiu novamente, está produzindo programas independentes.
O site do programa é bastante informativo e é possível, inclusive, assistir a reportagens online desde 2001.
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