
O cinema também funciona desta maneira. A tela é uma representação do mundo lá fora e o espectador tem que saber interpretar o que está vendo. Quando vemos um filme passado nos dias de hoje é mais fácil interpretar as imagens de cidades, carros, pessoas. Mas quando vemos uma sequência como o final de "2001 - Uma Odisséia no Espaço", por exemplo, nosso cérebro tem dificuldade em saber o que aquelas luzes e cores significam. Spielberg, quando fez a "conversa" entre os extraterrestres e os humanos em "Contatos Imediatos do Terceiro Grau", se utilizou de luzes e sons para transmitir uma mensagem que não entendemos a língua, mas sabemos o que significa. Algumas coisas são difíceis demais de se captar à primeira vista. Conta a lenda que quando os irmãos Lumiere, na França, em 1895, fizeram a primeira exibição de cinema, os espectadores ficaram assustados com a imagem de um trêm que vinha em direção da tela. Mesmo sendo uma imagem de "baixa resolução", em preto e branco e sem som, o cérebro das pessoas sentiram medo ao ver o trem e algumas pessoas sairam correndo.

Em 1878, Edward Muybridge conseguiu provar que um cavalo tira as quatro patas do chão quando galopa. Ele colocou 16 câmeras fotográficas em percurso e amarrou linhas no disparador. Quando o cavalo passava trotando, as câmeras iam disparando e capturando o momento. Colocadas em sequências, as fotos do cavalo trotando se tornaram um dos primeiros "filmes" do mundo. Hoje, quando se assiste a uma grande produção de hollywood, não dá mais para saber o que é real e o que é inventado com computadores. Mas, ao menos por enquanto, o velho princípio da câmera escura, do pequeno furo por onde a luz passa para ser capturada seja por um rolo de filme ou por um feixe de eléctrons, ainda existe.
O site do projeto "O Brasil pelo buraco da Agulha" pode ser acessado abaixo:
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