A trama é complicada e bem escrita. Alex começa a receber e-mails com vídeos em que uma mulher misteriosa é vista de longe. A mulher é muito parecida com Margot, sua esposa. Estaria ela viva? Em caso positivo, como isso seria possível? E quanto ao corpo encontrado dilacerado na floresta? Por que ela estaria escondida este tempo todo? François Cluzet faz um bom trabalho como o amargurado Dr. Alex. Ele nunca mais se envolveu com ninguém depois da suposta morte da esposa e culpa a polícia por ter desconfiado dele. Todos os anos ele ainda visita os pais de Margot para relembrar a morte dela, mas parentes e amigos, como sua irmã e a esposa homossexual dela, Helene (interpretada por Kristin Scott-Thomas, de "O Paciente Inglês", que não tenho visto nas telas), acham que ele deveria virar a página. O problema é que a polícia está cada vez mais desconfiada e um novo crime acaba por incriminá-lo novamente. Alex é avisado por sua advogada e foge da polícia com um plano inteligente por parte do roteiro.
É necessária atenção para acompanhar o filme. Há uma série de tramas aparentemente desconexas que, aos poucos, vão se interligando e, ao contrário do que acontece em muitos filmes do gênero, a trama realmente faz sentido quando todas as peças do quebra-cabeças se juntam. Senti ecos de "Um Corpo que Cai", de Alfred Hitchcock, no fato da esposa (que começa o filme loira), aparentemente voltar dos mortos morena no desenrolar da trama. Boa pedida para ver em DVD.
Um comentário:
Não gostei, me pareceu formulaico.
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