quinta-feira, 29 de maio de 2008
Caché
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Bullitt (ou Cut to the chace!)
Falando em perseguição, um clássico vem à mente: o filme “Bullitt”, interpretado por Steve McQueen em 1968. Dirigido por Peter Yates, “Bullitt” tem uma das mais famosas cenas de perseguição do cinema. Steve McQueen era piloto de moto e carro e diz a lenda que ele pilotou seu Mustang pessoalmente durante toda a seqüência. Irônico pensar que a famosa perseguição dura por volta de onze minutos em um filme com aproximadamente duas horas; “O grande roubo do trem” de Porter tinha, no total, doze minutos de duração.
A seqüência deu ao filme o Oscar de montagem (edição) em 1969 e, apesar de conter certas falhas óbvias (reparem que o mesmo Fusca verde aparece pelo menos três vezes durante a seqüência), é um primor de ritmo e montagem. Curioso também como os papéis de perseguidor e perseguido se invertem. Steve McQueen interpreta um policial encarregado por Robert Vaughn de proteger uma testemunha chave que iria depor contra a “Organização” (provavelmente a máfia). A testemunha acaba sendo morta pelos dois assassinos profissionais que são perseguidos por McQueen na famosa cena. “Bullitt” foi dos precursores de um tipo de filme policial que se consolidaria nos anos 70 com Clint Eastwood e seu “Dirty Harry”.
Engraçado ver o nascimento de certos clichês como o policial que passa por cima da lei para conseguir seu objetivo, ou o chefe de polícia que dá um sermão a seu subordinado, para em seguida liberá-lo, e assim por diante. O filme tem uma bela e realista fotografia em Cinemascope de William A. Fraker e trilha do famoso compositor Lalo Schifrin. A montagem vencedora do Oscar é de Frank P. Keller. Notem também a presença de Robert Duvall como um motorista de táxi. Um DVD duplo foi lançado uns anos atrás com vários extras, como um documentário sobre a arte invisível da edição. O filme serviu de inspiração para várias outras produções, como “Fogo contra Fogo” (“Heat”, 1995), grande filme de Michael Mann com Robert DeNiro, Al Pacino e Val Kilmer. Toda a seqüência final passada no aeroporto de “Fogo contra Fogo”, por exemplo, é muito semelhante à seqüência final de “Bullitt”. A maravilhosa Jacqueline Bisset está em “Bullitt” apenas como “material decorativo”. Há só uma cena, francamente desnecessária, em que a personagem de Bisset fala mais do que alguns segundos, questionando a moral e os sentimentos de Bullittt. Steve McQueen era famoso por seu temperamento ruim e por ataques de ciúme contra companheiros de tela, principalmente em seus filmes em “grupo” como “Sete Homens e um Destino” e “Fugindo do Inferno”. Mas em “Bullittt” ele reina sozinho. E o que importa, de verdade, é quando o filme corta para a próxima cena de perseguição.
Cut to the chace!
Veja abaixo a perseguição em Bullitt
Veja "The Great Train Robbery":
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Morre ator e diretor Sydney Pollack
Morreu o ator e diretor americano Sydney Pollack, de 73 anos, de câncer, nos EUA. Além de diretor, Pollack era bom ator, econômico, e chegou a trabalhar com Stanley Kubrick, em "De Olhos bem Fechados" ("Eyes Wide Shut", 1999), no papel de um médico. Recentemente fez o papel do chefe de George Clooney em "Conduta de Risco" ("Michael Clayton", 2007), interpretando o inescrupuloso presidente de uma firma de advocacia. Fez participações especiais em diversos seriados como "Mad About You", "Família Soprano" e "Frasier".
Como diretor, trabalhou sempre com grandes astros como Paul Newman em "Ausência de Malícia" ("Absence of Malice", 1981), Dustin Hoffman na comédia "Tootsie" (1982), Tom Cruise em "A Firma" ("The Firm", 1993), Harrison Ford no romance "Sabrina" (1995) e no drama "Destinos Cruzados" (Random Hearts, 1999) e Sean Penn e Nicole Kidman em "A Intérprete" ("The Interpreter", 2005).
Pollack trabalhou com Robert Redford em quatro filmes, ganhando o Oscar de Melhor Diretor por "Entre dois amores" ("Out of Africa", 1985), também com Meryl Streep no elenco. Era um bom diretor, competente e cuidadoso com os atores e atrizes sob seu comando. Gostava muito de seu trabalho como ator também, sempre elegante e com classe. "Destinos Cruzados", com Harrison Ford e a britânica Kristin Scott Thomas, foi um filme pouco visto e considerado ruim, mas que eu acho bastante interessante. O roteiro sem dúvida é falho, mas gostei do modo como Pollack conseguiu elevar o material e criar um quadro muito bem feito das relações entre homens e mulheres e como cada um enfrenta de modo diferente a questão da traição e do adultério. "A Intérprete" também foi um suspense competente, explorando a trama e as boas interpretações de Sean Penn e Nicole Kidman. Uma perda considerável para o cinema.
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal
domingo, 18 de maio de 2008
Paixão Proibida
Em meio à névoa, distinguimos as formas de uma mulher de costas, se banhando. A câmera vai se aproximando da imagem em meio ao vapor que sobe da água e não sabemos se a figura é real ou apenas um sonho. Não me lembro agora quem foi que disse que o oriente nada mais é do que uma miragem do ocidente, mas é o que esta imagem inicial me passou. Há "algo" no oriente que provoca uma reação nos ocidentais, uma impressão de mistério, de algo que deve ser revelado. O problema é que, de perto, talvez o mistério não seja assim tão interessante, ou o que se esperava. É desse mistério que "Paixão Proibida" ("Silk", seda, no título original) trata. O filme é uma história de amor... mas qual amor? Será o amor que o jovem Herve Joncour (Michael Pitt) sente pela bela esposa Helene (Keira Knightly)? Ou o amor que ele encontra, ou acha que encontra, do outro lado do mundo, no Japão?
Herve mora em uma pequena cidade francesa, no século 19, e está de licença do exército. Ele se apaixona por Helene e os dois se casam, mas eles estão fadados a passarem pouco tempo juntos. Um empresário local, Baldabiou (Alfred Molina) reativou a produção de seda local e está trazendo grande riqueza para a cidade. O problema é que uma doença desconhecida está matando os bichos da seda e Baldabiou precisa que Herve parta para o Japão para buscar ovos saudáveis para continuar a produção. A viagem é longa e passa por toda Europa e Ásia, em pleno inverno, até chegar ao outro lado do mundo. A fotografia do filme é muito boa e vemos belas paisagens pela França, Áustria, Rússia, China e finalmente Japão. Fica difícil no mundo globalizado em que vivemos imaginar como tudo deveria ser lento e trabalhoso naquela época, e talvez o filme seja lento exatamente por isso. Herve finalmente chega a uma pequena vila onde consegue comprar os ovos do bicho da seda. Lá ele conhece um samurai chamado Hara Jubei (Kôji Yakusho), que está às voltas com problemas políticos internos, e sua concubina. É então que Herve se apaixona, ou acha que se apaixona, pela garota (de quem nem sabemos o nome, interpretada por Sei Ashina).
Herve volta à Europa e para a esposa e embora tudo pareça ir bem ele não consegue se esquecer do Japão e da moça misteriosa. O filme, assim, é basicamente um embate entre esses dois mundos. Herve ama a esposa de verdade, mas não consegue se livrar da "miragem" do outro lado do mundo, e a necessidade de buscar mais ovos o manda ao Japão por outras ocasiões. "Paixão Proibida" é, ao mesmo tempo, bonito e decepcionante. Não deixa de ser bom, de vez em quando, ver no cinema um filme sobre pessoas e sentimentos, e não apenas efeitos especiais e explosões. O problema é que o filme talvez seja sutil demais, lento demais, mesmo que, o tempo todo, nos apresente magníficas imagens para se olhar. Alguns pontos da história me lembraram "A Época da Inocência", de Martin Scorsese, que também lidava com um jovem casal e a fascinação de um homem por outra mulher. Havia até uma cena, perto do final, em que o personagem de Daniel Day-Lewis estava olhando umas gravuras japonesas e pensando em largar tudo para partir para uma longa viagem.
"Paixão Proibida" é um filme bonito e bem feito, mas o roteiro deixa um pouco a desejar. Há algumas questões que são levantadas, mas não são bem explicadas. Por exemplo, qual a razão de apresentar uma vizinha de Herve e Helene que foi abandonada pelo marido? Ela tem um filho pequeno e, por vezes, têm-se a impressão que algo vai ser "revelado" sobre eles, mas nada acontece. Há também uma cena em que, no Japão, um comerciante de armas alemão diz a Herve que a concubina não seria japonesa. De onde ela veio então? E qual a relevância disso para o roteiro?
A direção é de François Girard, que baseou a história em um livro de Alessandro Baricco, e a produção é internacional (França, Itália, Japão). A trilha sonora é do veterano Ryuichi Sakamoto e é bonita, embora seus solos de piano, como o filme, também se estendam demais.
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Shine a Light
“Shine a Light” é montado a partir de duas apresentações ao vivo dos Rolling Stones em Nova York, em 2006. No início do filme vemos cenas em preto e branco com um making of da preparação para os shows. Apesar da mútua admiração, nem tudo parece ir bem entre os Stones e Scorsese. Mick Jagger não está muito satisfeito com o cenário do show, que teria sido projetado por Scorsese. Já o cineasta reclama da falta de informações com relação ao show em si, principalmente quais as músicas que serão tocadas e, o mais importante, em que ordem. Metódico, Scorsese tem planilhas com direções de câmera e iluminação para praticamente todas as músicas dos Stones, mas está visivelmente preocupado por não saber em que ordem elas serão apresentadas. Sua solução é deixar preparadas uma série de câmeras de cinema rodeando todo o palco, para não perder nenhuma tomada. Em dado momento escutamos Mick Jagger resmungar sobre como a platéia vai reagir com todas aquelas câmeras na frente deles. Mas isso me pareceu um pouco de drama para nos preparar para o show em si. Há até espaço para um pouco de política (ou propaganda política?) quando Bill Clinton e a esposa pré-candidata à presidência, Hillary, aparecem com um monte de convidados para cumprimentar a banda.
Quando os Stones entram no palco tudo isso é colocado de lado. As câmeras digitais dão lugar às imagens de cinema de um colorido espetacular e o show se inicia. Mick Jagger é uma máquina. Com 65 anos nas costas ele tem tanta energia quanto toda aquela iluminação no palco e é difícil acreditar que ele esteja fazendo isso há 45 anos. A música dos Stones, com sua mistura de rock, blues e country, é capturada pelas câmeras de todos os ângulos possíveis e a edição de David Tedeschi valoriza pequenos detalhes como a constante troca de olhares entre os guitarristas Ronnie Wood e Keith Richards, os flertes entre Jagger e a backing vocal, e a presença discreta do baterista Charlie Watts tocando (como um “gentleman”) no fundo do palco. É tecnicamente perfeito, mas como documentário o filme deixa um pouco a desejar. Há algumas interrupções mostrando entrevistas antigas da banda ao longo da carreira, geralmente respondendo à mesma pergunta (“quanto tempo vocês ainda pretendem fazer isso?”), mas o filme é centrado no show mesmo. Assim, não espere ver muito da banda na intimidade. Em termos de filmes de rock eu prefiro Pink Floyd Live at Pompeii, ou The Song Remains the Same do Led Zeppelin, ou Rattle & Hum, do U2. E achei a seqüência de músicas um pouco pesada demais. São duas horas seguidas de sucessos tocados a todo volume pela banda original mais backing vocals, um grupo de metais, percussão e a presença de convidados como Jack White (que não conheço e, francamente, não está à altura da apresentação), o bluesman Buddy Guy (dando um show) e até Christina Aguilera (correta). O filme não tem muito do “toque” de Scorsese, mas certamente é extremamente bem feito e captura a energia aparentemente sem fim desta banda.
sábado, 10 de maio de 2008
Cururueiros - Os Repentistas Paulistas
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Vênus
Mas Maurice sente uma inesperada atração pela atitude da garota e começa a usar do seu velho charme para conquistá-la. Ian pergunta a Maurice, indignado: “o que você faz com ela, na sua idade?”. E Maurice responde simplesmente “algo muito difícil... eu a trato bem”. De fato, a relação entre Maurice e Jessie não é inteiramente platônica... há um subtexto sexual ocorrendo o tempo todo, mas é fato que a idade avançada de Maurice não permite que nada muito físico ocorra. Assim, Maurice passa as tardes levando Jessie ao teatro e a jantares, onde Jessie descobre que ele é razoavelmente famoso. Ele também lhe arruma um emprego como modelo (nua) em uma classe de desenho, mas ela não permite que ele a veja. Maurice começa a chamá-la de “Vênus” depois de levá-la ao museu de arte para ver o quadro de mesmo nome de Diego Velázquez. A garota não tem maturidade para entender os motivos do interesse de Maurice, mas claro que gosta da atenção e, em alguns momentos, permite certas liberdades da parte dele, como deixar que ele beije seu pescoço ou segure suas mãos. Estas cenas (um velho de 74 anos e uma garota de 19) podem soar “impróprias” mas são feitas com muita sensibilidade. Maurice claramente foi um ator belo e desejado na juventude (assim como Peter O´Toole), e a figura de Jessie lhe trás de volta velhos desejos. Jessie (que teve um filho abortado recentemente) não está acostumada a ser bem tratada por ninguém, muito menos por homens.
Vale notar também a presença de Vanessa Redgrave, maravilhosamente “real” e idosa, como a ex-esposa de Maurice. Eles ainda cultivam uma amizade antiga, mas ela guarda certo ressentimento pelas aventuras amorosas que Maurice teve nos tempos de juventude. Há uma bela cena entre os dois em que Maurice demonstra arrependimento pelo que fez. Peter O´Toole está magnífico nos pequenos detalhes de seu personagem e em seu claro declínio físico. O filme não tem ilusões com relação à velhice e também mostra o lado “ruim” (ainda que natural) da idade, como embaraçosas consultas a médicos, problemas físicos e a presença inevitável da morte. O filme está em DVD.
quarta-feira, 7 de maio de 2008
Um Beijo Roubado
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Hollywoodland
O filme começa com o suicídio e acompanha a carreira de um detetive de segunda classe chamado Louis Simo (Adrien Brody), que é contratado pela mãe de Reeves para investigar sua morte. A reconstituição de época é muito boa e mostra os dois mundos que havia em Hollywood na época: o aparente glamour dos astros e produtores que freqüentavam nightclubs famosos como o “Ciro´s”, e o lado “B” deste mundo, composto por aspirantes a estrelas que faziam de tudo para aparecer e conseguir um lugar entre os astros. O interessante é que há uma semelhança entre Reeves e Simo. Vemos cenas em flashback de Reeves tentando alcançar a fama usando de “truques” como sair em fotos com Rita Rayworth e outras estrelas; Simo usa de artifícios semelhantes (como sair em fotos com a mãe de Reeves) para chamar atenção sobre si. O personagem de Simo é fictício, mas há de fato várias teorias de que a morte de Reeves não tenha sido provocada por ele mesmo. Reeves se tornou amante de Toni Mannix (Diane Lane), esposa de um dos chefões da MGM (interpretado pelo ótimo Bob Hoskins). O caso era conhecido e Reeves era praticamente sustentado pela amante, que lhe comprou uma casa em Hollywood e tentou ajudá-lo em sua carreira no cinema. O problema é que a fama de “Superman” começou a atrapalhar. As pessoas viam Reeves na tela e faziam piadas sobre o homem de aço, o que fez com que ele fosse cortado de “A um passo da Eternidade”, por exemplo.
A escolha de Ben Affleck para interpretar Reeves foi acertada. Assim como o interpretado, Affleck é um ator que, apesar do “charme”, é claramente limitado. “Hollywoodland” tem produção e elenco de uma grande produção, mas passou em branco nos cinemas. Mas é um bom filme para se assistir com calma em DVD. Quanto a George Reeves, há quem diga que ele sofreu a “maldição de Superman”, que deu final trágico a vários dos que se associaram ao personagem. Anos depois, outro ator que o interpretou (e que tinha um nome bem parecido), Christopher Reeve, sofreu um acidente de cavalo que o deixou paralisado e o levou à morte em 2004.
sábado, 3 de maio de 2008
Não estou lá
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Homem de Ferro
Downey interpreta Tony Stark, um playboy milionário que herdou do pai uma lucrativa fábrica de armas de última geração, que ele comanda de jatinhos particulares e mesas de cassino. Belas jornalistas o perseguem com perguntas embaraçosas sobre ética e moral, mas ele se livra delas levando-as para passar uma noite em sua casa luxuosa em Malibu. Acontece que Stark vai fazer uma demonstração de mais uma de suas armas no Oriente Médio quando é sequestrado por um grupo de terrroristas. Ele quase morre durante o sequestro e sua vida depende de uma máquina que mantém estilhaços fatais longe do seu coração. Os terroristas exigem que ele lhes construa um míssil mas, com a ajuda de outro prisioneiro, Stark cria uma primeira versão de um "homem blindado" e consegue escapar.
De volta aos Estados Unidos, Stark muda de opinião com relação a suas próprias armas e, para desespero de seu sócio Obadiah (Jeff Bridges), declara que vai parar de fabricá-las e se dedicar a algo mais construtivo. Aos poucos, e usando de sua habilidade natural para invenções, ele constrói versões cada vez melhores do seu "Homem de Ferro" que, quando terminado, é capaz de voar a velocidades supersônicas, disparar mísseis, fugir de aviões, etc. "Homem de Ferro" é mais uma criação da fábrica de mitos da Marvel e de Stan Lee (que também criou o Homem Aranha e os X-Men, entre dezenas de outros heróis). Ele pertence à classe de heróis que não têm superpoderes mas que compensam isso criando acessórios sofisticados. O filme, dirigido por John Fafreau, é um bom exemplar da enxurrada de adaptações cinematográficas baseadas em quadrinhos que surgiu nos últimos anos. Robert Downey Jr., que na vida real está sempre metido em encrencas com a lei por causa de sua dependência de cocaína, está perfeito como o também encrenqueiro Tony Stark, mostrando um lado mais humano do personagem. Gwyneth Paltrow interpreta a fiel assistente de Stark, que tem o nome igualmente esquisito de Pepper Potts. Terrence Howard faz o papel do coadjuvante negro desnecessário, mas engraçado do filme, interpretando um coronel do exército amigo de Stark.
"Homem de Ferro" poderia ser só uma série de cenas de ação sem sentido, mas Favreau deixa espaço para os personagens respirarem e há muitos momentos de humor. Os efeitos especiais são da especialista Industrial Light and Magic e são muito bons. A trilha sonora, infelizmente, é um ponto fraco. Há o uso curioso de clássicos do rock como "Back in Black", do AC/DC, abrindo o filme e, claro, da música "Iron Man" do Black Sabbath, que foi muito usada durante os trailers e na campanha publicitária. Mas senti falta de uma trilha sonora orquestral mais vibrante e presente. Atenção: há uma cena extra escondida ao final dos créditos do filme que já mostra uma possível seqüência. Não saia do cinema antes do filme realmente terminar.